Deputada diz que o impeachment de Dilma foi 'inaceitável'

Luciana Santos (PCdoB) participou, na noite desta quarta (14), no Recife, de evento promovido pela Frente Brasil Popular

por Taciana Carvalho qua, 14/06/2017 - 00:00
Taciana Carvalho/LeiaJáImagens . Taciana Carvalho/LeiaJáImagens

Durante lançamento do Plano Popular de Emergência, realizado na noite desta quarta-feira (14), no Recife, a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, disse que o que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff [Impeachment] foi "inaceitável”. Luciana fez uma explanação do cenário atual declarando que o desemprego vem aumentando e afirmou que houve uma ruptura democrática grave. 

“Porque nós vivenciamos, pouco menos de um ano atrás, um golpe de estado sem armas, mas um golpe de um novo tipo, que não é fenômeno particular brasileiro. Isso aconteceu em Honduras e no Paraguai”, disse. 

Luciana afirmou que o ódio, a intolerância e a mentira tomaram conta do debate de ideias, principalmente, no período de 2013 até os dias atuais. “Com as manifestações que aconteceram no país que, no primeiro momento, eram sem rumo e sem direção. Eram muitas bandeiras difusas, de rebeldes sem causa, mas que foi disputado para um determinado rumo. Uma manifestação que era contra o aumento das passagens se transformou em luta política contra o nosso projeto político e nós precisamos, portanto, tirar lições, fazer balanços, mas principalmente fazer a denúncia do que está em jogo no nosso país”. “Nós temos que apontar rumos. Temos que apontar caminhos para a superação desse impasse que a gente vive no Brasil e animar as pessoas para firmar e retomar o rumo e ajustar outros rumos que nós tivemos nesta experiência de ciclo virtuoso que tivemos no período Lula e continuado por Dilma”, acrescentou. 

A deputada federal também declarou que existe o "uso político" na Operação Lava Jato. "Isso de combate à corrupção é uma falácia. Porque o juiz Sérgio Moro grampeia Dilma, mas não grampeia Temer? Ele já disse que tem uma posição partidária. Temos que fazer a luta política porque se criou uma grande frente ampla contra nós ", disse a deputada afirmando também que é preciso explorar as contradições do governo atual. 

Luciana ainda pontuou que o Brasil vive um "mar de corrupção". "As políticas públicas do Fies, a luta pela igualdade racial, os direitos dos negros e negras, isso tudo, eles derrubaram com a narrativa que não cabe no PIB. O pretexto foi o combate a corrupção", lamentou. 

Evento - O lançamento do Plano Popular de Emergência, evento no qual a comunista participou, segundo a Frente Brasil Popular, tem como objetivo apresentar propostas para "restabelecer a ordem constitucional democrática" de modo a enfrentar a crise econômica e reverter o desmonte do Estado. Uma das prioridades do Plano Emergencial é antecipação das eleições presidências para 2017 e a revisão da atual lei do impeachment. Também estiveram presentes o senador Humberto Costa (PT), o presidente estadual da sigla, Bruno Ribeiro; o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras, além de militantes.

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