Vereador quer dar título de cidadão recifense a Malafaia

No texto da proposta, Fred Ferreira justificou que o religioso “tem como principal objetivo defender a fé cristã, os princípios e os valores éticos, moral e espirituais da igreja de Jesus Cristo”

por Taciana Carvalho qua, 28/06/2017 - 17:23
Reprodução/Facebook O vereador disse que Silas possui valores de ética e moral Reprodução/Facebook

O vereador do Recife, Fred Ferreira (PSC), quer conceder o Título de Cidadão do Recife ao polêmico pastor Silas Malafaia. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta quarta-feira (28), o parlamentar justificou a proposta. “Ele faz um trabalho belíssimo social. Eu acredito que, na cidade do Recife, são mais de sete mil membros da igreja dele [Assembleia de Deus]”, afirmou. Silas tem seis igrejas sendo duas na capital pernambucana. 

“O pastor Silas Malafaia é uma pessoa que tem uma representação muito grande não só no Brasil, mas também no estado de Pernambuco e no Recife. Ele tem um trabalho social muito relevante nas comunidades, tirando as pessoas das drogas, fazendo algo onde o poder público não chega. Pessoas como ele, do porte desta grandeza, com a relevância que ele tem na sociedade, acho que foi benéfico e muito positivo em trazer essa pauta aqui para a Casa e dar esse título recifense para o pastor Silas”, acredita. 

O cunhado do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), formalizou a proposta no último dia 13 de junho. Ele acredita que será aprovada durante a votação porque “essa é a vontade das pessoas”. “Acho que vai passar”, confia. No texto da proposta, Fred justificou que Malafaia “tem como principal objetivo defender a fé cristã, os princípios e os valores éticos, moral e espirituais da igreja de Jesus Cristo” e que ele tem um “estilo franco, aberto e direto, que marca esse servo de Deus”. 

No final do ano passado, Malafaia foi alvo de uma condução coercitiva da Polícia Federal no âmbito da Operação Timóteo. Silas estaria envolvido com um esquema de ocultação e dissimulação de dinheiro. Na época, o pastor disse estar indignado com a “tentativa de desmoralizá-lo na opinião pública”. 

De acordo com o regimento interno, a Câmara poderá conceder a honraria, “a pessoas nacionais ou estrangeiras radicadas no país, que se tenham projetado nas atividades culturais, políticas, cientificas e sociais, ou que se revelaram, comprovadamente, benfeitoras da humanidade”. 

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