Ex-executivo da Petrobras é alvo da Lava Jato no Recife
Policiais cumpriram mandado da residência de luxo de Djalma Rodrigues de Souza, mas nada foi levado
Recife é uma das cidades que recebe mais uma fase da Operação Lava Jato nesta sexta-feira (20). O foco da Polícia Federal (PF) desta vez é apurar o pagamento de vantagens indevidas a executivos da Petrobras através do Setor de Operações Estruturadas, chamado de 'departamento de propina', do Grupo Odebrecht.
Na capital pernambucana, foi cumprido um mandado de busca e apreensão no apartamento de luxo do empresário Djalma Rodrigues de Souza, localizado na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Nada foi apreendido no local. De acordo com a PF, a doméstica que se encontrava no local e presenciou as buscas disse que o empresário viajava muito.
Djalma Rodrigues de Souza tem 67 anos, é engenheiro e natural de Timbaúba, Mata Norte de Pernambuco. Ele foi preso no Rio de Janeiro através de um mandado de prisão temporária válido por cinco dias.
O ex-executivo da Petrobrás já foi investigado em etapas anteriores da Lava Jato, assim como sua residência também já foi vistoriada pela Polícia Federal. Djalma é ligado ao deputado Eduardo da Fonte (PP).
A operação - Deflagrada em Curitiba-PR, a operação executada nesta sexta-feira investiga os crimes de associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Ao todo, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva, um mandado de prisão temporária, três intimações de medidas alternativas e um mandado de prisão preventiva no Rio de Janeiro; e um mandado de busca e apreensão no Recife. De acordo com a PF, há indícios concretos de que um grupo de gerentes da Petrobras se uniu para beneficiar o Grupo Odebrecht em contratações com a petroleira, mediante o pagamento de valores de forma dissimulada em contas de empresas off-shores localizadas no exterior.