Collins vê 'segundas intenções' em ideologia de gênero
Deputada critica o que chama de imposição do tema nas escolas
Nesta terça-feira (7), a Câmara de Vereadores do Recife voltou a discutir o requerimento da vereadora Michele Collins (PP) para fazer “um pedido cordial” ao ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), com o objetivo de que retire da Base Nacional Comum Curricular qualquer termo que se refira a “ideologia de gênero”. Collins declarou, na tribuna, que não está “obrigando nem impondo” nenhum parlamentar a votar a favor e que respeita a opinião de cada um afirmando que opiniões contrárias é algo natural.
A missionária contou que foi procurada por uma professora da rede municipal de ensino, que criticou uma prova elaborada para crianças de seis anos onde uma questão tratava de um menino brincando com uma boneca e uma menina brincando com um carrinho. Ela falou que quando se leva isso para uma sala de aula é porque existe “uma segunda intenção” e destacou que não podia deixar que isso continue.
“Isso não tem nada demais, isso é normal, a partir do momento que uma criança tem vários brinquedos, ela pode brincar com qualquer brinquedo que ela quiser, isso não tem nada demais, isso é inocência da criança. Uma menina pode brincar de carrinho sim, um menino pode brincar de boneca, não tem problema nenhum, mas a partir do momento que você leva isso a uma sala de aula, e coloca isso como um problema para uma criança refletir, se está com segunda intenções”, discursou.
A vereadora falou que está se colocando a força esse tema nas escolas. “Entao, são esses tipos de coisas como a ideologia de gênero, que ficou de fora do plano municipal de educação, que está sendo colocada apulso nas escolas desrespeitando a lei, desrespeitando a vontade dos pais e da família, que cabe tratar desses assuntos com seus filhos”.
A galeria da Câmara, na tarde de hoje, está repleta de movimentos que apoiam Michele Collins. Ela agradeceu o apoio e citou alguns como a Pastoral da Família e Terço dos Homens, Casais com Cristo, entre outros. “É uma providência de Deus trazer essas pessoas para esta casa porque, muitas vezes, esses movimentos a favor da famílias não estavam ainda organizadas, mas agora a gente vê que existe uma unidade e um objetivo específico”, ressaltou Michele.