É retaliação ao combate à corrupção
O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, afirma que "não há uma ação dessas que estão os poderosos presos que tramitem na Justiça dos Estados"
O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, afirma que "não há uma ação dessas que estão os poderosos presos que tramitem na Justiça dos Estados".
A entidade promete lutar pela permanência do auxílio-moradia. Por que?
Tenho 22 anos de Magistratura. Quando eu entrei, fui para a cidade de Imperatriz, no Maranhão. Depois, fui para Teresina, São Luís, depois Brasília, depois voltei para São Luís. Eu tive todos esses deslocamentos. Em nenhuma ocasião eu recebi auxílio-moradia. Levava meu diretor de secretaria, ele recebia e eu não. Quando estive em Brasília, eu levei meu diretor de secretaria e ele morava melhor do que eu, porque ele recebia e eu não. Essa foi a motivação de termos entrado judicialmente.
As verbas indenizatórias são privilégios?
A única verba que recebemos é o auxílio-moradia para a Justiça Federal. Não recebemos outras verbas. Eu encaminhei a mensagem principalmente porque nós, juízes federais, estamos sofrendo uma retaliação por causa do enfrentamento da corrupção.
Há alguma preocupação com o fato de que magistrados recebem o auxílio-moradia mesmo morando em suas comarcas?
Atualmente a lei orgânica da magistratura assegura o pagamento de auxílio-moradia da forma como ele está sendo garantido na liminar. Não há uma ilegalidade no pagamento.
Eu me referia a uma preocupação de caráter moral...
Não estamos com essa preocupação. Não estamos com essa pauta. Estamos pensando um pouco mais à frente. Precisamos resolver essa questão remuneratória.