Humorista Duvivier dispara contra deputado Marco Feliciano

“Feliz 2018 pra todos. E lembrem-se: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pastor corrupto entrar no reino dos céus”, disparou o Duvivier

por Taciana Carvalho ter, 02/01/2018 - 18:47
Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, o humorista Gregório Duvivier rebateu as críticas do deputado federal Marco Feliciano (PSC) sem tocar no nome do parlamentar. O artigo vem junto com uma arte escrita: “Jesus não te ama, pastor corrupto”. A confusão começou após o humorista publicar um texto no mesmo jornal, na semana passada, no qual afirmou que Jesus era “um líder comunista” e “defensor de bandido e da prostituição”. 

Feliciano se mostrou furioso com a declaração e, através de um vídeo, detonou Gregório afirmando que ele era covarde, subversivo, arruaceiro e ativista ateu. “Falastrão atrás de uma câmera ou em seu canalzinho particular onde ele adestra mentes despreparadas ou no silêncio do seu quartinho onde ele redige insanas palavras para o folhetim comunista Folha de S. Paulo”, disparou.

Ao se defender, Duvivier disse que o deputado convocou a família brasileira a demonstrar seu ódio contra ele. “Sim, pra muita gente, Jesus é uma espécie de genocida rancoroso que não suporta ouvir uma piada e sai matando geral, até quem já morreu. Não sei de onde tiraram isso. Procurei no Novo Testamento, mas não achei nenhuma menção de Jesus ao destino dos humoristas. "O palhaço que me vier de gracinha", disse Jesus na montanha, "se encontrará comigo na porta dos céus com uma AR-15”, escreveu. 

“Que Deus pequeno, esse de vocês. Um Deus que se incomoda com piada, um Deus que fica chateado quando vocês transam, um Deus que se importa com o que vocês vestem, isso não é um Deus, isso é um síndico que mora no andar de baixo. Muitos perguntaram: "por que você não faz piada com Maomé?". Bom, não sei nem por onde começar. Nunca nenhum muçulmano bateu na minha porta perguntando se eu conheço a palavra de Maomé, nunca vi se formar uma bancada muçulmana no Congresso brasileiro, nunca vi alguém por lá legislando de acordo com o Alcorão, nunca vi minha cidade ser governada por um aiatolá”, expôs em outra parte do texto publicado no jornal.

Duvivier, no final do artigo, desejou um feliz 2018. “E lembrem-se: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pastor corrupto entrar no reino dos céus”, pontuou. 

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