Temer faz tour no Alvorada com Piñera
O presidente chileno disse que tinha curiosidade de conhecer o Alvorada e foi então convidado por Temer para ir até o local
O presidente Michel Temer deixou na tarde desta sexta-feira, 27, o Palácio do Itamaraty e seguiu para o Alvorada com o presidente chileno Sebastián Piñera. Segundo auxiliares de Temer, o presidente chileno disse que tinha curiosidade de conhecer o Alvorada e foi então convidado por Temer para ir até o local. Lá o brasileiro disse que poderia servir café e pão de queijo ao chileno, para mostrar as iguarias brasileiras.
Agora, Temer segue no Alvorada e está com a equipe de comunicação gravando uma mensagem que deve ser exibida no próximo dia 1º, Dia do Trabalho. Nesta tarde, ao deixar o Itamaraty, o presidente disse que faria o anúncio do reajuste do Bolsa Família ainda hoje e que o valor estava sendo fechado.
Durante a semana, a equipe econômica e a equipe do Ministério do Desenvolvimento Social tentaram fechar os valores, mas não havia consenso. Enquanto a ala econômica quer no máximo liberar uma reposição da inflação, a ala política pretende usar a bandeira do reajuste como um feito positivo do governo e buscava algo próximo dos 5% de aumento, o que o Planejamento tem resistido. Um reajuste para repor a inflação de 2017, de 2,95%, teria custo de R$ 1 bilhão.
Viagens
Após a gravação, Temer deve ir para São Paulo, onde pretende passar boa parte do feriado. Amanhã, o presidente estará em Uberaba (MG), para participar da Expozebu. Depois, Temer deve passar o domingo na capital paulista de onde seguirá na segunda-feira para Ribeirão Preto para participar da abertura da Agrishow, principal feira do agronegócio da América Latina.
A viagem à Ásia, inicialmente marcada entre os dias 5 e 14, segundo auxiliares do presidente, está mantida, mas pode ser encurtada em razão das negociações em torno do projeto que o governo precisa aprovar na próxima sessão do Congresso, no dia 2. O governo precisa pagar o calote dado por países como Venezuela e Moçambique em empréstimos avalizados pelo governo anterior.
Interlocutores do presidente ressaltaram que ele está muito preocupado com o tema e tem apelado aos parlamentares para que tenham consciência das consequências que o não pagamento da dívida terá na economia brasileira.