Dilma pós-batalha jurídica: Perseguição a Lula é evidente
Na ótica da petista, a tese de igualdade diante da legislação brasileira 'se torna uma farsa' depois da crise instaurada a partir do pedido de habeas corpus de Lula
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (9), que após a batalha jurídica desse domingo (8), sobre a soltura ou não do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficou “evidente” o que chamou de “perseguição” ao padrinho político. Para ela, a postura do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, e dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) Thompson Flores, presidente da corte, e João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato, “corrompem” o Judiciário e põe em xeque as ordem judiciais.
“Está evidente, diante do Brasil e do mundo, que Lula vem sendo perseguido pelos juízes que injustamente o condenaram. Está evidente o caráter dessa perseguição, pois sequer cumprem uma ordem judicial para libertá-lo. Corrompem a instituição que deviam servir e ferem a democracia”, analisou Dilma Rousseff, em publicação no Twitter.
Na ótica da petista, a tese de igualdade diante da legislação brasileira “se torna uma farsa” depois da crise instaurada a partir do pedido de habeas corpus de Lula concedido pelo desembargador de plantão do TRF4, Rogério Favreto, mas negado tanto por Gebran Neto quanto pelo presidente do Tribunal.
“Estão criando uma crise institucional grave ao desmoralizar o poder judiciário. Com esse exemplo de ontem, como querem que a população aceite que ordem judicial não se discute, se cumpre? Como querem que acredite que todos são iguais perante a lei? Tudo se torna uma farsa”, observou a ex-presidente.