Dilson: 'O PT quer deixar sua marca no governo Câmara'

O coordenador Executivo do gabinete do senador Humberto Costa (PT) será o novo secretário de Desenvolvimento Agrário no 2º mandato do governador Paulo Câmara (PSB)

por Taciana Carvalho seg, 31/12/2018 - 12:15
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A indicação mais repercutida na composição do secretariado do governador Paulo Câmara (PSB) para o seu segundo mandato é a escolha do secretário de Assuntos Institucionais do PT e coordenador Executivo do gabinete do senador Humberto Costa (PT), Dilson Peixoto, para ocupar a vaga que estava reservada no governo estadual à legenda petista: ele será o secretário estadual de Desenvolvimento Agrário. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá,  Dilson avisou que a irá trabalhar “fortemente” para que o PT deixe sua “marca”. 

“Nossa expectativa é trabalhar fortemente para que o PT deixe a sua marca, para que nós consigamos fazer com que o governador tenha cada vez mais aceitação e que seja um governo cada vez mais exitoso e deixando a nossa contribuição para esse resultado positivo como já fizemos antes”, falou com entusiasmo. 

O ex-presidente da CUT-PE e vereador do Recife por quatro mandatos também ressaltou que o sentimento é de muita expectativa e muita honra em ter sido lembrado pelo senador Humberto Costa e aceito, de pronto, pelo governador. “Eu acho que isso transfere para a minha trajetória uma responsabilidade muito grande. É um desafio enorme, um desafio em uma área onde efetivamente eu nunca militei, mas tenho certeza que ao final vou demonstrar que com a minha experiência como gestor público os resultados podem acontecer”. 

Confiante, Peixoto falou que tem certeza que poderá agilizar as políticas públicas para a área. “A receita fundamental para que dê certo, primeiro, é ouvir e ouvir muito todos os setores envolvidos. Segundo, montar uma equipe que tenha agilidade e que tenha competência e compromisso e, terceiro, gerir e fazer com que as coisas aconteçam fazendo com que as autarquias e empresas vinculadas tenham resultados bastante expressivos e fazer com que os projetos que estejam em curso sejam potencializados”. 

Ele também salientou a importância de criar novos projetos que façam com que a agricultura em Pernambuco, não só a agricultura familiar, mas uma agricultura como um todo tenha forte crescimento nos próximos quatro anos. 

Durante a conversa, Dilson Peixoto minimizou as críticas geradas pela aliança entre o PT e o PSB na eleição deste ano, bem como outras definindo como algo natural. “A verbalização de opiniões divergentes é coisa normal do PT”. No entanto, ele lamentou o fato de que o balão de ensaio na imprensa se transforme em disputa política. 

Nessa sexta-feira (28), o membro da Executiva Estadual do PT-PE, Edmilson Menezes, divulgou uma nota criticou no qual destaca que não houve reunião do diretório ou da Executiva estadual para indicar o nome de Dilson para esse o qualquer outro cargo. Ainda, no texto, disse desprezar pelas decisões “nas instâncias partidárias”, que foram “substituídas pelas decisões de dirigentes, lideranças ou parlamentares que ousam falar em nome do PT”. 

Explicando, o ex-presidente do PT-PE falou que em nenhum momento foi dito por alguém o seu nome foi aprovado pela direção legenda. “Não foi porque nós não conseguimos realizar uma reunião da direção por conta desse período entre o Natal e Ano Novo. O governador só bateu o martelo na questão da secretaria esta semana, então a gente tentou viabilizar uma reunião que acontecesse ontem, mas a maioria da direção estava fora, estava viajando. Estamos aguardando inclusive o presidente, que está de férias e conversando com Bruno Ribeiro para convocar a Executiva nos próximos dias e discutir essa questão do PT dar o aval para quem for para o governo de forma que prestar contas do partido”.

O novo secretário de Paulo Câmara ainda deixou um recado aos críticos. “A minha resposta para esse tipo de crítica é trabalhar e mostrar que a gente está lá sem desviar um milímetro do que o PT pensar e também cumprir o nosso papel enquanto gestor de uma pasta importantíssima para o povo pernambucano e, principalmente, para o povo trabalhador rural de Pernambuco”, concluiu. 

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