Contra Gleide Ângelo, Joel da Harpa apoia posse de armas
O deputado estadual disse que diferentemente da delegada ele acredita que a população “tem o direito da legítima defesa”
O deputado estadual Joel da Harpa (PP) saiu em defesa do decreto que flexibiliza a posse de armas no Brasil, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), e rebateu argumentos da deputada estadual eleita Gleide Ângelo (PSB) que criticou a medida, ponderando que “cidadãos de bem” não estão preparados para “reagir” diante de criminosos utilizando armas de fogo. Em nota encaminhada à imprensa, Joel destacou que a população “tem o direito da legítima defesa”.
“O povo brasileiro não aguenta mais ver o cidadão de bem à mercê da criminalidade, que está muito bem armada. Sou completamente a favor da liberação de armas pois a população tem o direito da legítima defesa, especialmente se vive em área isoladas ou exerce atividades de risco”, declarou o parlamentar.
Joel, que é policial militar e integrante da bancada evangélica, acredita que “usar uma arma para legítima defesa nem é crime, nem é pecado”. O deputado é autor de projeto que defende a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a compra de armas de fogo por agentes de segurança pública. E propôs também que guardas municipais e agentes de trânsito utilizem armamento em serviço.
Postura antagônica
Nesta semana, Gleide Ângelo, que é delegada, argumentou que a solução contra a violência é investimento em segurança pública e não flexibilização da posse de arma.
"O que soluciona o problema de violência é ter uma segurança pública que dê proteção ao cidadão. É estruturar as polícias, com policiais bem capacitados e quantidade grande de policiamento. A gente vê policiais mortos reagindo ao assalto com arma na mão. O que me preocupa é o cidadão de bem. Ele está preparado para reagir?", indagou a deputada eleita, em entrevista à Rádio Folha.
A flexibilização tem dado o que falar entre os parlamentares pernambucanos, Gleide não foi a única a se posicionar contra. Os deputados federais eleitos João Campos (PSB) e Túlio Gadêlha (PDT) também se manifestaram críticos ao decreto. O pedetista chegou a criticar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o pessebista argumentou que “faltou bom senso” do presidente.