Daniel Coelho: “Vamos mostrar que é possível ter consenso"

Após o PPS ter virado Cidadania, Daniel Coelho afirmou que o partido viverá em consenso com o que acha coerente, podendo, por exemplo, apoiar ou criticar ações do Governo Federal

qua, 27/03/2019 - 14:44
Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens Daniel Coelho é líder do Cidadania na Câmara Federal Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens

Desde o último sábado (23) o antigo Partido Popular Socialista (PPS) ganhou uma nova denominação e passou a se chamar Cidadania. A mudança foi aprovada em um congresso extraordinário da legenda, em Brasília, quando o novo nome teve a preferência da maioria (ao invés de ‘Liberdade’, que era outra opção de nova denominação para a sigla).

O pernambucano e líder do Cidadania na Câmara Federal, Daniel Coelho, conversou com a reportagem do LeiaJá e explicou o motivo da troca de nome. “O partido já vinha passando por mudanças. Desde o ano passado abriu espaço na direção para novas pessoas de outros movimentos, de outras áreas”, comentou.

“Há um reposicionamento ideológico, até por aceitar fatos históricos do nosso país”, pontuou Coelho. De acordo com o parlamentar, ao longo do tempo mudanças aconteceram porque “começaram a ser defendidas pautas liberais no campo econômico, como a cobrança por menos impostos”.

O Cidadania passou por uma lapidação, em que foram colocados na balança ideais de membros que já estavam no partido junto com outros que estavam chegando. Atualmente, a sigla conta com bancada de oito deputados federais e três senadores atuando na política brasileira.

“Preparamos uma carta de princípios, que fala sobre os valores que vão nos guiar. Temos como exemplo a educação pública e de qualidade, acesso à saúde e saneamento básico e a promoção de respeito aos direitos individuais”, sustentou o deputado.

Daniel Coelho ainda falou sobre a relação do partido com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Não vamos ficar contra nem a favor nem contra o governo. Vamos criticar o que é ruim e apoiar o que funcionar. Queremos demonstrar que é possível ter consensos, é possível concordar e discordar”, assinalou.

“As bolhas sociais provocam danos reais ao nosso país, o Cidadania quer buscar consenso de unir o Brasil em cima de algumas agendas e pautas”, mencionou. A mudança de nome do partido foi decidida em janeiro do ano passado, assim como o reposicionamento da legenda. A troca efetiva só aconteceu neste mês de março porque, segundo Daniel Coelho, “estabeleceu-se que ao longo do ano passado iríamos construir um pouco melhor o nosso posicionamento”.

Novos congressos extraordinários do Cidadania já estão marcados para os próximos meses de outubro deste ano e março do ano que vem. Neles, novas diretrizes devem ser definidas para esse novo momento da sigla.

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