Humberto: 'Ricardo Vélez conseguiu ser pior que Mendonça'

O senador salientou que a demissão do ex-ministro é um marco da falta de gestão do presidente Jair Bolsonaro nos primeiros 100 dias de governo

ter, 09/04/2019 - 08:35
Jefferson Rudy/Agência Senado Jefferson Rudy/Agência Senado

Líder do PT no Senado, Humberto Costa disparou, em discurso na tribuna da Casa Alta, contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que completa os 100 primeiros dias nesta quarta-feira (10). Um dos assuntos focados pelo parlamentar foi a demissão do ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, nessa segunda-feira (8).

Para Humberto, Vélez conseguiu ser um titular do MEC “pior do que Mendonça Filho”, que liderou a pasta durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Na ótica do petista, a demissão veio tarde, pois o ministro “causou um caos na pasta” em tempo recorde e “só abria a boca para dizer bobagem, assim como Bolsonaro”.

“Vélez conseguiu ser um ministro da Educação pior do que Mendonça Filho. Sua demissão está longe de solucionar os problemas. O substituto, Abraham Weintraub, é dos bancos, das corretoras e defensor entusiasta da reforma da Previdência. É esse o sujeito que vai ser colocado para comandar o MEC, um gerente de banco”, lamentou.

O senador acredita que a troca é o reflexo dias “prioridades de um governo torno e norteado pelo extremismo ideológico”, que tende a seguir o modelo instalado na gestão de Mendonça Filho.

“A finalidade é acelerar o desmonte das universidades federais e a privatização do ensino público. Um governo que acha que curso superior é somente direito de elite, que corta 13 mil cargos dos professores universitários e que tem um gerente de banco como ministro não quer outra coisa senão vender o ensino público para que as grandes corporações enriqueçam com cursos de baixa qualidade à custa dos mais pobres”, disparou.

O líder do PT no Senado ainda afirmou que o governo vai completar 100 dias na próxima quarta-feira sem nada a comemorar. No seu entendimento, não são “cem” dias com “c”, mas “sem” dias com “s”: “s de sem gestão, de sem comando, de sem proposta, de sem governo”.

“O Brasil está à deriva. Desde o início do ano, o Planalto enviou só 16 propostas ao Congresso. Nenhuma delas andou. Não dá para confiar em um governo assim. Mesmo os eleitores de Bolsonaro despertaram para o erro cometido ao apostar num sujeito incompetente como ele para a Presidência. Quase metade daqueles que votaram nele em outubro passado reprova o seu governo, segundo o Datafolha”, comentou.

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