Witzel diz que não fará 'juízo de valor' sobre fuzilamento
O governador do Rio de Janeiro afirmou que “não me cabe tecer qualquer crítica a respeito dos fatos”
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deu o que falar após uma declaração na noite dessa segunda-feira (8). De acordo com o gestor, não cabe a ele fazer juízo de valor sobre a ação dos militares em Guadalupe.
A ação em questão é a que resultou na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, na tarde do último domingo (7), que teve o carro alvejado por 80 disparos. A vítima estava com a família no carro e estava seguindo para um chá de bebê.
“Não sou juiz da causa. Não estava no local. Não era a Polícia Militar. Quem tem que avaliar todos esses fatos é a administração militar. Não me cabe fazer juízo de valor e nem muito menos tecer qualquer crítica a respeito dos fatos. É preciso que a auditoria militar e a Justiça Militar e o Exército faça as devidas investigações. E eu confio nas instituições”, disse Witzel após participar da posse do novo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Reis Friede.
Witzel disse que não interfere nas investigações nem da Polícia Civil e nem do Exército. “O exército entendeu que a competência de apuração dos fatos é dele. Se a Justiça Militar entender que não, vai declinar a competência. O tema e todos os fatos estão afetos à jurisdição militar. Não me cabe interferir, me posicionar e nem fazer juízo de valor. A única coisa que queremos é que os fatos sejam esclarecidos. Temos instituições capazes de dar resposta à sociedade” finalizou.
Além de Evaldo, no carro também estavam sua esposa, o filho de 7 anos, além de uma afilhada do casal, de 13, e o sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, de 59 anos.