Reforma não combate desigualdades, dizem economistas
O consultor Eduardo Moreira avaliou em explanação aos deputados que o impacto na economia com a aprovação da reforma proposta pelo governo não passará de um 'voo de galinha'
A comissão especial da reforma da Previdência debate as modificações na aposentadoria com economistas. Um deles, o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, afirmou que as mudanças nas aposentadorias e pensões propostas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) são uma “tragédia anunciada” e tendem a “agravar as desigualdades” no Brasil.
“O objetivo não é uma reforma da Previdência, mas acabar com o Estado de Bem-Estar Social criado pela Constituição de 1988”, disse estudioso. Fagnani disse não ser contra ajustes, mas defendeu uma análise sobre problemas, pois existem diferentes sistemas previdenciários no País.
Também ouvido pelos deputados, o economista e consultor Eduardo Moreira avaliou que o impacto na economia com a aprovação da reforma proposta pelo governo não passará de um “voo de galinha”. Ele corrobora a tese de Fagnani que não combate efetivamente as desigualdades no Brasil.
Segundo Eduardo Moreira, os trabalhadores passarão mais tempo na informalidade, com impacto no consumo, e terão mais dificuldades para aposentar no futuro.
*Com informações da Agência Câmara