Bolsonaro sugere que Dodge está 'aparelhando a PGR'
O presidente fez a insinuação após a procuradora-geral fazer uma série de nomeações de procuradores-regionais eleitorais perto do fim do seu mandato
Próximo do fim do mandato de Raquel Dodge à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda não fez uma indicação para o sucessor no cargo e, neste sábado (31), chegou a insinuar que Dodge estaria aparelhando a PGR.
A insinuação de Bolsonaro se deu após a procuradora-geral fazer uma série de nomeações de procuradores-regionais eleitorais, escolhidos pela categoria nos Estados, perto do fim do seu mandato - que se encerra no próximo dia 17 de julho.
"Eu tive uma informação aqui. Estão nomeando cargos nos Estados a partir de outubro. Eu não posso ter um PGR que não defini ainda. Suponha que [Dodge] não seja reconduzida. Uma pessoa que vai chegar e vai estar todo o ministério montado com mandato", argumentou Bolsonaro.
ENomes cotados para substituir Dodge na PGR ficaram incomodados com o fato de as nomeações serem para a partir de 1º de outubro, quando ela já não estiver mais no posto.
Bolsonaro chegou a dizer que tinha “muito carinho” por Dodge, mas se contradisse ao responder se essas nomeações poderiam ou não afetar a sua decisão de reconduzi-la ao cargo de PGR.
"Não vai influenciar em nada. Que vai ter algum peso vai, não tem a menor dúvida. Quero ter um PGR que tenha a bandeira do Brasil na mão e a Constituição na outra, é isso que eu quero", finalizou.