Protesto em frente ao Planalto questiona queimadas e óleo
Manifestação é organizada pelo Greenpeace
Um protesto contra as queimadas na floresta amazônica e o vazamento de óleo que atinge o litoral do Nordeste acontece, na manhã desta quarta-feira (23), em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. A mobilização é organizada pelo Greenpeace.
Para a manifestação, a organização levou galhos queimados, para simbolizar a questão da Amazônia, e areia, tonéis e óleo, fazendo referência ao litoral nordestino, para a frente da sede do governo. Pessoas vestidas de preto, com máscaras de proteção e camisas com os dizeres "Pátria queimada, Brasil" e "Brasil manchado de óleo" integram ainda a intervenção em forma de protesto.
“[A manifestação] é para mostrar que não aceitamos a política antiambiental do governo Bolsonaro, levamos de maneira simbólica o derramamento de óleo do Nordeste e a Amazônia destruída para o local de trabalho do Presidente da República”, argumenta o Greenpeace em comunicado.
“O governo Bolsonaro comprova, a cada dia, que é inimigo do meio ambiente. A lentidão em resolver problemas, das manchas de petróleo nas praias do Nordeste às queimadas na Amazônia, é reflexo do desmonte ambiental promovido pelo governo e mantém o Brasil no centro das atenções de descasos com o meio ambiente”, acrescenta.
Nesta semana, a organização entrou em um imbróglio com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Twitter. O auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ironizou as justificativas do Greenpeace sobre o porquê de não atuar diretamente na limpeza das praias no litoral do Nordeste e o grupo, por sua vez, rebateu Salles chamando-o de mentiroso e questionando o alinhamento do governo em culpar sempre ONGs em casos de desastres ambientais.
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