EUA confirmam apoio à entrada do Brasil na OCDE

Americanos entregaram carta à organização oficializando apoio

qua, 15/01/2020 - 08:18
Alan Santos/PR Alan Santos/PR

A embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou que o país considera uma prioridade a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A informação foi revelada nesta terça-feira (14) pelo jornal "Folha de S.Paulo".

De acordo com a publicação, os americanos entregaram uma carta à organização oficializando que o Brasil seja a próxima nação a iniciar o processo de adesão à entidade. "Nossa decisão de priorizar a candidatura do Brasil, agora, como próximo país a iniciar o processo é uma evolução natural do nosso compromisso, como reafirmado pelo secretário de Estado [Mike Pompeo] e pelo presidente Trump em outubro de 2019", explicou a embaixada.

Na prática, o ato norte-americano significa que Washington apoia que o Brasil ocupe a vaga que era da Argentina na fila de postulantes. Segundo a sede diplomática, o "governo brasileiro está trabalhando para alinhar as suas políticas econômicas aos padrões da OCDE enquanto prioriza a adesão à organização para reforçar as suas reformas políticas".

Logo depois do anúncio, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou em sua conta no Twitter que a decisão comprova a construção de uma "parceria sólida" com os EUA, "capaz de gerar resultados de curto, médio e longo prazo, em benefício da transformação do Brasil na grande nação que sempre quisemos ser".

A medida ocorre após Pompeo enviar uma carta à OCDE, em outubro, manifestando apoio ao ingresso da Argentina e da Romênia na organização. Na ocasião, a atitude norte-americana provocou polêmica e o presidente Donald Trump chegou a reiterar o apoio dos EUA ao ingresso do Brasil.

"A declaração conjunta divulgada com o presidente Bolsonaro em março deixa muito claro que eu apoio que o Brasil inicie o processo para se tornar membro pleno da OCDE. Os EUA apoiam essa declaração e apoiam Jair Bolsonaro", escreveu Trump no Twitter, na época.

Da Ansa

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