PSL usou dinheiro público para fazer bonecos gigantes
Os recursos do fundo partidário também serviram para defender candidaturas laranjas em Minas Gerais e pagar jantares em restaurantes de luxo
O fundo partidário destinado ao PSL foi utilizado para pagar bonecos gigantes do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, e do deputado federal e presidente da sigla, Luciano Bivar. Os 14 bonecos infláveis custaram aos cofres públicos cerca de R$ 33 mil. As informações são da Folha de São Paulo.
Tal qual faraós egípcios, os políticos do Partido Social Liberal (PSL) apostaram na grandiosidade de suas próprias imagens para conquistar a admiração da população. Para isso, foram confeccionados oito bonecos de 1,8 metros; quatro de três metros e dois gigantes com cinco metros de altura.
De acordo com a reportagem, os bonecões infláveis foram fincados nos portões de um evento realizado em São Paulo, no dia 17 de agosto de 2019, para promover o lançamento da campanha nacional de filiação do partido. As solenidades descentralizadas em diversas cidades do país custaram R$ 4 milhões.
Com a popularização da figura de Bolsonaro, o PSL ganhou protagonismo nacional e passou a receber R$ 9 milhões do fundo partidário. Anteriormente, o valor do repasse era menor que R$ 700 mil.
O recurso também serviu para custear um veículo de R$ 165 mil, almoços e jantares nos restaurantes mais caros de Brasília; além da construção de um jardim de inverno e mobílias de luxo para a nova sede do partido. Os gastos com escritórios de advocacia também foram multiplicados, incluindo R$ 340 mil para a advogada que defendeu candidatos em Minas Gerais, denunciados por terem sido laranjas para o desvio de verba eleitoral.