Caso Marielle: Ciro insinua que Moro pode virar 'cúmplice'

Para o pedetista, o ministro deve esclarecer as ligações de milicianos suspeitos do assassinato com a família Bolsonaro

seg, 10/02/2020 - 11:57
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Ex-governador do Ceará e ex-candidato a presidente nas eleições de 2018, Ciro Gomes (PDT) cobrou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esclarecesse a morte do ex-policial militar Adriano Nóbrega, morto a tiros no último domingo (9), na Bahia. 

Capitão Adriano, como era conhecido entre milicianos, era considerado suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e do motorista Anderson Gomes em 2018. De acordo com o jornal Estadão, antes de morrer ele já estava convencido de que seria assassinado por 'queima de arquivo'. 

Para Ciro Gomes, caso o ministro não esclareça a ligação do miliciano com a família do presidente Jair Bolsonaro e de Fabrício Queiroz, além do assassinato de Marielle, vai se tornar cúmplice.

"Se Sérgio Moro não esclarecer cabalmente este estranhíssimo encadeamento de fatos que inequivocamente estabelece vínculos entre Bolsonaro, filhos e mulher, Queiroz, as milícias do RJ e o assassinato de Marielle e Anderson, terá se transformado em cúmplice", escreveu Ciro no Twitter. 

De acordo com o UOL, Adriano era amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e chegou a receber homenagens do filho do presidente enquanto era deputado estadual do Rio de Janeiro. Além disso, Fabrício teria indicado a mãe e a esposa de Adriano para trabalharem no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa. 

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