Justiça manda tirar posts de Sara Winter expondo criança

A líder do grupo de extremista '300 pelo Brasil' não preservou a identidade da menina de 10 anos que realizou um aborto após ser estuprada pelo tio

por Victor Gouveia seg, 17/08/2020 - 11:25
Reprodução/Instagram Sara também divulgou a localização do hospital onde o procedimento seria realizado Reprodução/Instagram

Após a líder da extrema direita, Sara Winter, expor a criança de 10 anos que retirou um feto proveniente de estupro, a Defensoria Pública do Espírito Santo conseguiu uma liminar para que o conteúdo seja retirado das redes sociais. Com a decisão desse domingo (16), o Google, o Facebook e o Twitter têm 24 horas para excluir as publicações com as informações pessoais da menor.

A Defensoria informou que em caso de descumprimento, as plataformas terão que pagar a multa diária de R$ 50 mil e ressaltou em nota que os "dados divulgados causaram ainda mais constrangimento à menina e aos seus familiares". Vale destacar que, neste caso, o aborto estava garantido pela Justiça. Ainda assim, grupos antiaborto se juntaram a políticos da direita para hostilizar a equipe médica na frente do hospital onde ocorreu o procedimento.

Em outro conteúdo compartilhado em suas redes sociais, a extremista classifica o médico Olimpio Barbosa de Morais Filho, como o "maior abortista brasileiro" e afirma que ele estava "babando para torar a vida de mais um bebê". “Não se pretende obstar o direito à liberdade de expressão, entretanto, consoante se extrai dos autos os dados divulgados são oriundos de procedimento amparado por segredo de justiça”, reforça a nota da Defensoria.

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