Dilma: decreto é 'passo decisivo para a destruição do SUS'
Segundo a ex-presidente, Jair Bolsonaro comete um 'atentado' contra a população com a permissão para privatizar 39 mil Unidades Básicas de Saúde
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta quarta-feira (28), para criticar o decreto publicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que permite a inclusão das 39 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs) espalhadas pelo país no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Na avaliação da petista, Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, cometem um "atentado" contra a população e a saúde pública ao autorizar o processo.
"Como se não bastasse todo o descaso mostrado até aqui, Bolsonaro decide, em plena pandemia, abrir caminho para a privatização do SUS. Isto significará a extinção da saúde pública e a entrega do setor aos planos privados de saúde", avaliou a ex-presidente. "Com este decreto, Bolsonaro e Guedes cometem um atentado contra a população e contra a Constituição, que diz que 'saúde é direito de todos e dever do Estado'", emendou Dilma.
Para a ex-presidente, "o Congresso não pode aceitar esta violação constitucional e ameaça a vida de milhões de brasileiras e brasileiros".
Dilma acredita também que o decreto "é um passo decisivo para a destruição do SUS". "Mais de 150 milhões de brasileiros têm apenas o SUS como forma de acesso a atendimento médico. As 45 mil UBSs ofereciam primeiro atendimento, além de vacinação, a centenas de milhões de pessoas. Sem repor os médicos cubanos, expulsos por Bolsonaro por preconceito ideológico, o Mais Médicos deixou de atender 63 milhões que tinham nas UBSs o único acesso à saúde", observou.