Covid-19: Dilma recusa convite de Doria para ser vacinada

A ex-presidente disse que é inaceitável "furar fila"

qui, 21/01/2021 - 19:20
Ricardo Stuckert/PT Ricardo Stuckert/PT

A ex-presidente Dilma Rouseff (PT) recusou o convite feito pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), nesta quinta-feira (21), para ser imunizada contra a Covid-19 no próximo dia 25. A petista agradeceu a oferta, porém destacou que por razões éticas e de justiça, o Plano Nacional de Vacinação deve ser respeitado, especialmente em um momento que não há o quantitativo adequado de vacina disponível para os brasileiros.

Dilma frisou ser “inaceitável ‘furar a fila’, que deve ser estritamente respeitada por todos os brasileiros”. E afirmou: “Neste momento, considero imprescindível que sejam atendidos, de acordo com o Plano, primeiramente os trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente da luta contra a Covid19, além dos idosos que vivem em asilos e o grupo de idosos brasileiros mais expostos ao risco de adoecer gravemente ou morrer. Aguardarei pacientemente a minha vez e quero adiantar que já estou com o braço estendido para receber a Coronavac”.

Ressaltando a importância da vacina e do trabalho da comunidade científica, a petista fez questão de prestar “prestar tributo à contribuição do SUS, do Butantan e da Fiocruz”, dizendo que são instituições relevantes para o desenvolvimento do imunizante.

Em crítica ao governo Bolsonaro, sem citar nomes, a ex-presidente afirmou que tentaram destruir o SUS restringindo recursos para sua manutenção, citando a saída dos médicos cubanos e a proposta feita recentemente pelo presidente em que possibilitaria a privatização do serviço de saúde.

Ao citar diretamente o governo federal, ela destaca as falhas da gestão da pandemia no Brasil. “Homenagens e agradecimentos a todos os que se dedicam a combater esta pandemia que, por desleixo e desumanidade do governo federal, já roubou a vida de mais de 210 mil pessoas e está matando brasileiros até mesmo por falta de oxigênio. Por fim, reconheço e saúdo a solidariedade e a atitude humanitária do governo chinês, que proporcionou a parceria entre o Estado São Paulo/Butantan e o laboratório Sinovac para a importação e a fabricação das vacinas em nosso país. É uma vitória da cooperação entre os povos e da ciência e uma derrota do negacionismo”.

 

 

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