Deputado Bessa afirma que votou em Bolsonaro por "golpe"

Parlamentar do Distrito Federal, conhecido por integrar a bancada da bala, revelou seus motivos para apoiar o presidente nas eleições, em áudio obtido pelo portal Metrópoles

sex, 04/06/2021 - 20:34
Reprodução/TV Câmara O deputado Larte Bessa (PL-DF). Reprodução/TV Câmara

 Em um áudio obtido pelo Portal Metrópoles, o deputado Laerte Bessa (PL-DF), conhecido por integrar a bancada da bala, relata que apoiou o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) para que ele promovesse um golpe contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e fechasse o congresso nacional. A gravação ocorreu depois que o presidente vetou o dispositivo que concederia plano de saúde a policiais civis e dependentes, conforme consta no Diário Oficial da União desta sexta (4).

“Era esperado que ele simplesmente vetasse pelo fato de que ele estava achando que poderia cometer um crime de responsabilidade. Bom, eu não quero comentar sobre o presidente, porque ele não é isso tudo que o povo está pensando. Eu conheço ele bem e sei que ele deixou muito a desejar no comando do país. Todo mundo sabe que nós votamos nele pra ele dar o golpe, pra ele acabar com o Supremo e, se fosse o caso, fechasse o Congresso também, porque eu era totalmente a favor, e ele simplesmente se acovardou”, declarou Bessa.

No arquivo, o parlamentar também ataca o relator do projeto, Luís Miranda (DEM-DF). “O senhor Luis Miranda, quem conhece, é um estelionatário contumaz aqui no Distrito Federal. Ele tem em torno de 12 processos, inquéritos policiais nas delegacias aqui do Distrito Federal, sem contar nos Estados Unidos. Então, o nosso pessoal colocou muita fé nele. Eu sabia que aquilo era um balão de ensaio, que era fogo, fogo na fogueira sem álcool e que nós podíamos simplesmente ter uma grande decepção no final daquele projeto que ele era o relator. Eu tinha certeza, ia sair também que os nossos policiais não acreditam em Papai Noel”, colocou.

O conteúdo foi disparado para as redes sociais de policiais civis. Ao Metrópoles, Luís Miranda negou as acusações e informou que levará o caso ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

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