Recife: Câmara pede vacina para adolescentes comórbidos

Proposta do vereador Tadeu Calheiros segue exemplo de países-modelos no processo de imunização e já foi aprovada na Câmara do Recife

por Vitória Silva seg, 28/06/2021 - 16:30
Ascom/Tadeu Calheiros O vereador do Recife, Tadeu Calheiros, quer incluir adolescentes com comorbidades do POV da Covid-19. Ascom/Tadeu Calheiros

A Câmara do Recife aprovou, nesta segunda-feira (28), por unanimidade, o requerimento que pede a inclusão de adolescentes de 12 a 17 anos e que tenham comorbidades na fase prioritária de vacinação na capital pernambucana. A solicitação tem como base a edição, no último dia 10 de junho, da Resolução No 2.324/2021, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que passou a autorizar o uso seguro da imunizante da Pfizer para essa faixa etária.

A proposta foi apresentada pelo vereador e vice-presidente da Comissão de Saúde da Casa José Mariano, Tadeu Calheiros (Podemos), que também é médico oncologista e pediatra. A lista de comorbidades para esse grupo segue os mesmos critérios descritos na Nota Técnica SIDI 11/2021 da Secretaria Estadual de Saúde, que conta com agravantes como diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, insuficiência cardíaca e Síndrome de Down.

Até o momento, mais de 20 países já ampliaram a vacinação para adolescentes, como os Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Espanha, Israel e Japão. A maioria deles utiliza o imunizante da Pfizer. Na América do Sul, o Chile anunciou que também já iniciou a imunização entre jovens de 12 a 17 anos.

No Brasil, a iniciativa também já é uma realidade nas cidades de Itaporã e Campo Grande, ambas no Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Saúde do Ceará também liberou o cadastro desse grupo em sua plataforma, “Saúde Digital”. 

Em seu pronunciamento na tribuna da Câmara nesta segunda-feira,Tadeu destacou que o Recife não pode ficar para trás nessa ampliação. Ele enfatizou a importância da inclusão do grupo.

“Esse grupo precisa ser visto com mais atenção. Crianças e adolescentes que tratam câncer, que possuem obesidade, cardiopatias ou que estão acamados são muito mais vulneráveis a complicações em decorrência da Covid-19. Além disso, pessoas desse grupo com síndromes neurológicas, por exemplo, têm mais dificuldades em utilizar equipamentos de proteção individual - o que aumenta o risco de contaminação. Sabemos do esforço que a Prefeitura vem empenhando, mas precisamos avançar nesse sentido”, ressalta Calheiros, que pediu apoio das lideranças governistas na Câmara para que levem o pleito ao executivo. 

Após essa aprovação na Casa José Mariano, a proposição agora segue para o aval do prefeito João Campos.

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