Em carta ao PSDB, Doria ataca PT e atual gestão federal

O documento encaminhado ao partido representa a oficialização do governador de São Paulo à disputa interna para ser o representante à Presidência em 2022

seg, 20/09/2021 - 12:20
Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo João Doria em passagem por Pernambuco Chico Peixoto/LeiaJá Imagens/Arquivo

Em Brasília para oficializar seu interesse em disputar a Presidência pelo PSDB, nesta segunda-feira (20), o governador de São Paulo, João Doria, publicou a carta de inscrição como candidato ás prévias da sigla. Ele atacou os governos do PT e apontou que o Brasil atravessa "tempos de retrocesso". Antes de ser confirmado no pleito, o gestor precisa derrotar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, dentro do próprio PSDB.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador expôs uma percepção contrária à atual Administração Federal. "Os tempos são de retrocesso. Retrocesso institucional, democrático, econômico, ambiental, social, político e moral. Nossas instituições têm sido atacadas, mas dão provas de independência e coragem ao defenderem o que temos de mais sagrado: respeito à Constituição, ao Estado Democrático de Direito, com eleições livres, diretas e com voto eletrônico", escreveu.

Doria parabenizou a última gestão nacional do partido com Fernando Henrique Cardoso, que já se posicionou em defesa da participação do paulista nas eleições. Sem se desprender do PT, criticou os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef.

“Infelizmente, os anos que se seguiram com os governos de Lula e Dilma representaram a captura do Estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia na história do País. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios”, disparou.

O documento sugere que o pioneirismo na vacinação contra a Covid-19 no Brasil será um dos pontos de apoio da eventual campanha. Doria também prometeu compromisso ‘inarredável’ com a democracia e liberdade de expressão.

Em relação à agenda econômica, o governador afirma que seu projeto de país "baseia-se na pacificação nacional e em pilares sólidos: proteção aos mais vulneráveis, geração de empregos e distribuição de renda; educação em tempo integral e ensino técnico de qualidade; crescimento sustentável com equilíbrio das contas públicas; reformas que favoreçam o ambiente de negócios e a atração de investimentos; preservação do meio ambiente e integração com o agronegócio".

COMENTÁRIOS dos leitores