Twitter apaga posts de Malafaia por fake news sobre vacina

Negacionista, pastor associou vacinação infantil ao “infanticídio”, apesar da ausência de provas sobre a questão

por Vitória Silva ter, 11/01/2022 - 10:20
Isac Nóbrega/PR Silas Malafaia é braço direito do presidente Jair Bolsonaro Isac Nóbrega/PR

Uma publicação em que o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, chamava a vacinação de crianças contra a covid-19 de "infanticídio", foi removida pelo Twitter nessa segunda-feira (10). Além dela, outras 10 publicações em tom negacionista foram removidas pela rede.  

Ao entrar no perfil do "conselheiro" bolsonarista, é possível ver uma sequência de publicações sinalizadas por irem contra a política de uso do Twitter. A punição foi considerada branda por muitos usuários, que subiram a hashtag "#DerrubaMalafaia", pedindo o banimento da conta do pastor. 

A postagem de Malafaia alegava não haver motivo para vacinar crianças contra a covid. "Vacinar crianças é um verdadeiro infanticídio. Os números provam que não há necessidade de fazer isso", escreveu o pastor. No último dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação do imunizante da Pfizer para a faixa etária entre cinco e 11 anos. Desde então, o pastor, que é alinhado com o presidente Jair Bolsonaro (PL), também é contra a vacinação infantil, adotou o discurso antivax.

Captura de tela do tuíte feito por Malafaia, agora deletado. Foto: Reprodução/Twitter

Além da comprovação da Anvisa, órgãos fiscalizadores de outros países, como Alemanha, Estados Unidos e Dinamarca, já liberaram o uso de imunizantes contra a covid-19 em crianças. Alguns estados brasileiros já devem começar a vacinar esse público entre os dias 17 e 19 deste mês. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), em nota, reforçou que mais de 300 crianças já morreram por Covid-19 no Brasil e que o número de infectados aumenta diariamente, reforçando a necessidade da vacinação. 

 

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