Presidenciáveis condenam guerra e falam em consequências

Os pré-candidatos à Presidência da República alertaram sobre possíveis consequências ao Brasil da guerra entre a Rússia e a Ucrânia e salientaram a fragilidade do governo de Jair Bolsonaro

qui, 24/02/2022 - 10:52

O início dos ataques russos às terras ucranianas tem atraído a atenção de todo o mundo. Pré-candidatos ao comando do Palácio do Planalto, usaram as redes sociais para se manifestar sobre o assunto e condenar a ação do governo da Rússia. Líder nas pesquisas de intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ponderou que ninguém pode concordar com os ataques e uma guerra.

Foto: Palácio do Planalto

“Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha”, disse Lula. “A humanidade não precisa de guerra, precisa de emprego, de educação. Por isso que eu fico triste de estar aqui falando de guerra e não de paz, de amor, de desenvolvimento”, emendou.

Lula aproveitou para criticar também a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da Rússia. “Um presidente da República precisa conversar, ser um maestro da orquestra chamada Brasil para ela viver em harmonia. Se você tem um presidente que briga com todo mundo, ele serve para que? Até em coisas sérias, ele mente, disse que tinha conseguido a paz ao viajar para a Rússia”, observou, fazendo menção à fake News que circulou no país sobre a visita de Bolsonaro ao presidente russo, Vladmir Putin, na semana passada.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também falou sobre o assunto e condenou os ataques russos. “Condenável a invasão da Ucrânia pela Rússia. Guerra nunca é resposta a nada. Ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo. Muitos acabam pagando pelas decisões de poucos. O que está em jogo são milhões de vidas humanas. Mais do que nunca o mundo precisa de paz”, escreveu no Twitter.

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O ex-governador do Ceará e presidenciável, Ciro Gomes, também alertou sobre as eventuais consequências da guerra, mesmo que distante. Para Ciro, o fato de o Brasil ter “um governo frágil, despreparado e perdido” amplia a necessidade de estar em alerta.

“No mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas. Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido”, escreveu.

“Para ficar em um só aspecto preocupante, basta  lembrar que o barril do petróleo já passou dos 100 dólares o que vai nos atingir em cheio por termos uma política absurda de preços rigidamente atrelada ao mercado internacional”, completou Ciro.

O pedetista também observou que a guerra pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia. “A sociedade e outros poderes precisam estar alertas para  fiscalizar um executivo com políticas interna e externa cheias de equívocos e desvarios. O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável”, frisou.

Foto: Flickr/Palácio do Planalto

Ainda entre os presidenciáveis, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro argumentou que a paz deve prevalecer sempre. “Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer”, escreveu.

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