Desgaste com Humberto chegou ao limite, diz Marília Arraes
Confirmada como candidata ao Governo de Pernambuco pelo Solidariedade nesta sexta-feira (25), a deputada Marília Arraes comentou sobre a polêmica em torno da saída do PT
Filiada ao Solidariedade nesta sexta-feira (25), a deputada federal Marília Arraes comentou sobre a influência do senador Humberto Costa em sua saída do PT após seis anos de divergência nos bastidores. Em relação ao embate com o PSB pela presença do ex-presidente Lula em seu palanque, a parlamentar definiu que o bloco adversário "tá morrendo de medo de disputar com a gente".
Preterida pelo ex-partido quando tentou protagonizar campanhas no Estado, Marília afirmou que o desgaste com a cúpula de Humberto Costa chegou ao limite mesmo após tentativas de conciliação.
"É um desgaste sem motivo político e sem motivo de projeto", apontou a deputada, sugerindo diferenças pessoais com o senador.
"Pernambuco acompanha e sabe quem é que tem projeto pessoal e quem é que coloca o PT a serviço de projeto pessoal", continuou. "O PT aqui tem uma aceitação de mais de 30% da população e o presidente Lula chega perto de 70% de popularidade, e tem, somente, quatro prefeituras no Estado. Por que será? Algum motivo tem. Por que de tantas lideranças promissoras que começaram a brilhar não conseguiram permanecer no PT?", questionou a nova integrante do Solidariedade sobre a gestão estadual da legenda.
Protagonista na nova casa
Marília destacou que o apoio do Solidariedade à estruturação da candidatura do ex-presidente Lula foi o principal motivo que a atraiu para a nova casa, onde deve receber a confiança que faltava no PT e assumir a direção estadual. O presidente nacional do partido, Paulinho da Força, esteve no evento de filiação no Recife e confirmou que ela vai estrelar a campanha publicitária que vai ao ar em maio.
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Com o compromisso de não se distanciar da figura do ex-presidente, a deputada traçou uma meta paralela a seu projeto de eleição ao Governo do estado. "A gente quer que o presidente Lula saia de Pernambuco com 90% dos votos, no mínimo", projetou.
Medo do PSB
Ela ainda colocou em xeque a legitimidade da reaproximação do PSB com o petista e propôs que a Frente Popular costuma trocar de posição quando lhe convém para se manter no poder.
Marília lembrou que o concorrente do bloco, o deputado federal Danilo Cabral, se enrolou em uma faixa com as cores do Brasil para votar pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) no plenário da Câmara. O que manifesta a conveniência do que entende como "flexibilidade" do PSB.
"O povo sabe quem tava do lado de Lula no bom e no ruim [...] o PSB tá morrendo de medo de disputar com a gente", determinou.