Jornal: Pedro Guimarães dá ‘game over’ se Bolsonaro perder

O presidente da Caixa Econômica disse que vai para a África se Bolsonaro não vencer as eleições deste ano, diz jornal

sex, 01/04/2022 - 17:35
Isac Nóbrega/PR O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) Isac Nóbrega/PR

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que vai se mudar para a África caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja reeleito neste ano. A afirmação foi feita na noite da quarta-feira (30), durante um jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil. 

“Afirmo com toda a tranquilidade a vocês, daqui a um ou cinco anos vou para Uganda, Ruanda, Tanzânia? Uma coisa que não tenho dúvida nenhuma: se não for o presidente Bolsonaro [na presidência], game over. Por quê? A Caixa, durante anos, era o paraíso do Carnaval em Salvador [com patrocínio], montando aquela festa toda. Por isso, muitas coisas não andavam, isso eu vi”, disse Guimarães, de acordo com O Globo. 

O jantar contava com cerca de 30 empresários e teve a presença da secretária especial do Ministério da Economia, Daniela Marques. O presidente da Caixa também teria falado na “ingenuidade” de quem acha que a Caixa não voltaria a ser o que era antes “com qualquer presidente que não seja Bolsonaro”. 

Ele usou como exemplo o nome do ex-deputado Geddel Vieira Lima, ex-vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013. Em 2017, a Polícia Federal (PF) encontrou R$ 51 milhões no apartamento do ex-presidente da empresa, que acabou sendo preso. 

À época, a acusação apontou ligações de Geddel com um esquema criminoso supostamente operado por ele mesmo, que realizava desvios da Caixa. “O cara que menos mandava na Caixa era o presidente. Quem mandava? O cara que botou o cara lá, o vice-presidente que ‘achou’ 51 milhões de reais em notas na casa da mãe dele”, disparou.

No encontro, Guimarães disse ter alterado 11 dos 12 vice-presidentes da Caixa quando assumiu a presidência, e ainda falou do desejo de superar o Banco do Brasil em alguns anos, sobretudo com o domínio na área do agronegócio.

Mesmo com os planos, O Globo apontou que Guimarães informou no jantar que os planos estariam em risco caso Bolsonaro perdesse as eleições, e que os cargos dentro da empresa voltariam a ser divididos entre as legendas partidárias.

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