Júnior Tércio diz que Ivan Moraes fez apologia à maconha

O vereador, que também é pastor, afirmou que um outdoor do psolista é uma apologia ao uso da maconha e que irá representar contra ele no MPPE

por Jameson Ramos ter, 19/04/2022 - 15:01

O vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou que vai ingressar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra Ivan Moraes (PSOL), por ter feito "apologia à maconha". Isso teria acontecido por meio de um outdoor onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

"Legaliza. Remédio, trabalho e renda para quem precisa", está escrito na peça. Isso foi o suficiente para o pastor Tércio usar a tribuna da Câmara de Vereadores do Recife, na sessão da última segunda-feira (18), para atacar o seu colega parlamentar.

"É muita cara de pau você gastar dinheiro e colocar um bocado de folhas de maconha espalhadas no outdoor e dizer: legaliza. Eu acho que a maconha comeu o juízo desse vereador", afirmou. 

"O vereador não sabe o que é ter um parente que rouba a televisão de casa para fumar maconha. Nós não podemos admitir esse tipo de apologia ao uso da maconha. Fica aqui todo o meu repúdio", complementa Júnior Tércio. 

Em entrevista ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes declarou que há 20 anos é militante dos direitos humanos e que já defendia essas pautas antes de entrar na política partidária. Além disso, outros dois outdoors estão espalhados pela capital pernambucana, sendo um com mensagens pedindo o ‘Fora Bolsonaro’ e o outro por direito à moradia. 

“A maconha é uma planta conhecida pelos humanos há mais de dois mil anos. Ela foi proibida há menos de cem anos por conta de economia e racismo, não foram questões relacionadas à saúde. Hoje, cada vez mais a gente conhece as diversas propriedades que ela tem e que podem trazer benefícios em forma de remédio”, justifica o psolista.

O parlamentar defende que esses debates possam acontecer de forma republicana. "Para que a sociedade entenda o erro que estamos cometendo, por exemplo, em ter à disposição nas farmácias remédios que chegam a custar mais de R$ 2 mil, que ajudam muitas pessoas que podem pagar. No entanto, muita gente que não pode pagar não está tendo acesso a um remédio que pode ser produzido por uma planta", assevera.

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