Bolsonaro sobre agenda com Biden: não vim falar do passado

Ele terá a primeira reunião bilateral com o presidente Joe Biden, falar do passado, ao ser questionado sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos, quando apoiou Donald Trump

qui, 09/06/2022 - 18:58

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não veio a Los Angeles, onde terá a primeira reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falar do passado, ao ser questionado sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos, quando apoiou Donald Trump.

"Não vim aqui tratar desse assunto. Já é passado. Vocês sabem que eu tive um excelente relacionamento com o presidente Trump. O presidente agora é Joe Biden, é com ele que eu converso, ele é o presidente e não se discute mais esse assunto", disse a jornalistas, ao deixar o hotel em que está hospedado com destino à IX Cúpula das Américas.

Bolsonaro afirmou que foi convencido a vir para o encontro com Biden após acertar as agendas com os EUA. Disse que está "tranquilo" para a reunião, que "estudou bastante sobre os interesses" do País e que espera uma "boa conversa". "Estou em paz, tranquilo, estudei bastante o assunto. (Vou) Defender os interesses do meu país, não o meu interesse".

Sobre demandas do Brasil a serem feitas no encontro com Biden, Bolsonaro afirmou que não trouxe nenhum pedido formal, mas que falará de temas importantes como a guerra na Ucrânia e fertilizantes. "Espero que o conflito na Ucrânia acabe rápido. O mundo todo está sofrendo". Seu intuito, emendou, é conversar com o presidente dos EUA, grande parceiro do Brasil, e aprimorar as relações entre os países. "Queremos aproximação cada vez maior com países democráticos como os Estados Unidos", afirmou.

Ao ser questionado sobre a fala do presidente norte-americano, que disse que a democracia estaria em risco ao redor do mundo, Bolsonaro disse que a América Latina é muito grande e que sua briga é pela liberdade. "Quanto mais transparência nas eleições, melhor", afirmou o presidente, acrescentando que o sistema eleitoral brasileiro é inauditável, quando perguntando sobre o fato de não terem sido encontrados indícios de fraude.

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