Bolsonaro pede apoio para Brasil continuar sendo do Senhor

Em agenda no Recife com evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro defendeu pautas conservadoras, falou sobre exageros nos seus discursos durante a pandemia e a possibilidade de desonerar folha da saúde

qui, 13/10/2022 - 11:59

No Recife para cumprir agenda de campanha, o presidente Jair Bolsonaro discursou durante um evento que reúne líderes religiosos na Zona Sul da capital pernambucana e disse, nesta quinta-feira (13), que conta com eles para virar votos e fazer com que o "Brasil siga sendo do Senhor". Os pastores e lideranças evangélicas participam do Fórum Cidadania AD Brasil no Hotel Transamérica, em Boa Viagem; eleitores aguardam um discurso do presidente em frente ao local, a imprensa não pode acompanhar o evento interno. 

Depois de listar pautas conservadoras e lembrar ser contra o aborto, a legalização das drogas e a ideologia de gênero, o candidato à reeleição disse: “Há uma diferença enorme sobre os dois nomes que disputam a eleição no próximo dia 30. Que cada um procure buscar virar votos para que tenhamos a certeza que o Brasil continuará sendo do Senhor”. O discurso foi transmitido ao vivo pelo Facebook do presidente.

Os temas conservadores também vem sendo alvos de discursos do ex-presidente Lula, adversário de Bolsonaro nas urnas, que vem tentando conquistar o eleitorado evangélico.

Jair Bolsonaro pontuou também que é católico, mas a esposa, Michelle, é evangélica e tem cumprido agendas pelo país ao lado da senadora eleita pelo Distrito Federal (DF), Damares Alves. “Vocês sabem que sou católico, minha esposa é evangélica. Ela fala muito bem, grita em casa em Libras, mas realmente é uma cristã evangélica exemplar. Falei para ela ontem, encontrei em casa sem querer, que quero que ela participe de alguns programas de televisão para tratar sobre os assuntos que já vem tratando”, afirmou, recordando ainda que seu casamento havia sido celebrado pelo pastor Silas Malafaia, também presente no evento. "Deve durar uns 50 anos", cravou.

Folha da saúde e pedidos de desculpas

Ainda durante o discurso que durou cerca de vinte minutos, Bolsonaro declarou ter feito “o possível” para combater a Covid-19 no Brasil e voltou a pediu desculpas pelo que chamou de “exagero” durante diversas declarações sobre a pandemia. O país registra cerca de 700 mil mortes por Covid.

"Acredito que tenha feito o possível para ajudar no combate à Covid. Houve, da minha parte, algum exagero por parte de algumas palavras. Peço desculpas, mas faz parte da emoção. Talvez da educação que eu tive em casa - bastante rígida, e agradeço a meus pais - e também dos 15 anos no Exército brasileiro", frisou.

O candidato também afirmou que o governo pode desonerar a folha do setor de saúde.

"Pedi para ele [Paulo Guedes] desonerar a folha [de pagamento] da saúde no Brasil, são 17 setores que já estão desonerados, e ele falou que eu poderia anunciar a desoneração da saúde no Brasil. O impacto é compatível. [...] A desoneração passa a ser de 1% a 4% do faturamento bruto da empresa. Vai ser vantajoso e vamos dar mais uma sinalização para questão do piso da enfermagem no Brasil", declarou o presidente.

Veja o discurso completo:

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