Michelle fica em silêncio na 1ª aparição após as eleições

Primeira-dama participou de evento da Saúde que durou cerca de uma hora, mas não deu declarações

qui, 24/11/2022 - 12:23
Júlia Prado/Ministério da Saúde Michelle Bolsonaro durante evento do Ministério da Saúde Júlia Prado/Ministério da Saúde

A primeira-dama Michelle Bolsonaro fez, nessa quarta-feira (23), sua primeira aparição pública desde a derrota do marido, o presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições, em 30 de outubro. O evento público do governo foi promovido pelo Ministério da Saúde e discutiu a distribuição gratuita de absorventes e itens de higiene para adolescentes e mulheres. Michelle acompanhou todo o evento e sorriu para fotos, mas permaneceu em silêncio.

A nova pauta da Saúde conflita com o veto de Jair Bolsonaro, no ano passado, quando ele se opôs à distribuição gratuita dos absorventes para mulheres de baixa renda e em situação de rua.

Na mesa, ela esteve ao lado do ministro Marcelo Queiroga e da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). A nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, também esteve presente. Segundo O Globo, o apresentador do evento chegou a anunciar que a primeira-dama falaria, mas ela fez um gesto e passou a palavra ao ministro da Saúde.

Desde a derrota, os chefes da família Bolsonaro têm evitado contato com o público. Michelle, porém, ainda faz uso das redes sociais com frequência. A pouca aparição da primeira-dama deve-se também à agenda vazia do mandatário, que além de isolado politicamente, enfrentou problemas de saúde nas últimas semanas.

Nas últimas semanas, a esposa de Bolsonaro tem limitado as publicações ao conteúdo religioso, sem fazer menção aos episódios recentes envolvendo o segundo turno das eleições. Na terça-feira (22), o Partido Liberal enviou à Justiça Eleitoral um relatório de teor antidemocrático, sugerindo que houve fraude nas eleições e pedindo reavaliação dos resultados. Michelle não comentou.

Sua última publicação de tom político ou pessoal foi quando a primeira-dama negou uma suposta internação de Bolsonaro, na última semana, e uma outra, um dia depois do segundo turno, na qual ela negou que o casamento estivesse passando por problemas. Os rumores surgiram após ela e Bolsonaro deixarem de se seguir nas redes sociais.

Em 8 de novembro, o deputado federal Julian Lemos (União-PB), ex-aliado de Bolsonaro, acusou o presidente de bater na primeira-dama, depois de ela ter passado por um procedimento estético para troca de silicone em janeiro de 2020.

 

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