Mercadante se emociona ao citar terapia da esposa pelo SUS

Coordenador dos GTs de transição citava os brasileiros que estão com dificuldade para obter tratamento contra câncer ou remédios através da Farmácia Popular

por Vitória Silva sex, 25/11/2022 - 20:45
Reprodução/Redes Sociais Aloizio Mercadante, do PT Reprodução/Redes Sociais

O coordenador dos grupos de trabalho do gabinete de transição do Governo Lula, Aloizio Mercadante, ficou emocionado ao revelar, nesta sexta-feira (25), o diagnóstico parcial de dados e recursos do Ministério da Saúde do Governo Bolsonaro. Ao lado dos ex-ministros Arthur Chioro, José Gomes Temporão e do senador Humberto Costa, figuras que coordenam o grupo de Saúde da transição, o petista ficou com a voz embargada e relembrou o tratamento contra o câncer da sua ex-esposa, que foi feito pelo SUS.  

A lembrança surgiu enquanto Mercadante citava os brasileiros que estão com dificuldade para obter tratamento contra câncer ou remédios via Farmácia Popular, programa cujo orçamento sofreu corte de 59% no governo de Jair Bolsonaro (PL). 

"Eu fiquei viúvo e minha primeira esposa morreu de câncer. Eu acordava às cinco da manhã para pegar uma guia todo dia no SUS. Esse tempo passou. O Estado brasileiro tem que prover o tratamento. Tem que ter responsabilidade pública, é disso que estamos falando aqui, dessas pessoas que estão na fila do câncer e não conseguem pegar um remédio na farmácia popular. Que país que a gente quer construir? Nós não vamos aceitar essa situação e vamos reverter essa situação da saúde e atenção básica, porque o país tem condições de enfrentar e de superar”, declarou. 

O GT de Saúde do governo de transição pede que o Congresso aprove um acréscimo de 22,7 bilhões de reais para a Saúde em 2023. Sem isso, o setor entrará em colapso, disseram os três ex-ministros. 

Mercadante passou a falar do orçamento e do “enfrentamento ao desmonte do Estado brasileiro” quando a imprensa questionou o que a equipe de Lula fará caso o Congresso aprove uma rubrica menor do que a esperada, ao votar a chamada PEC da Transição. 

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