João Paulo critica demissões e fala de impacto no Carnaval

Deputado citou proximidade da festa como fator que impede setor cultural de se recompor economicamente em tempo

por Vitória Silva sex, 06/01/2023 - 17:23
Júlio Gomes/LeiaJá Imagens/Arquivo João Paulo, atualmente deputado estadual pelo PT Júlio Gomes/LeiaJá Imagens/Arquivo

O deputado estadual João Paulo (PT), ex-prefeito do Recife, expressou preocupação com o rumo do carnaval pernambucano em 2023, que acontece em menos de dois meses. Chamando a festividade de "nossa folia", levando em conta que o período carnavalesco é um dos mais fortes traços culturais que Pernambuco exporta, o parlamentar criticou as exonerações de servidores e comissionados dos órgãos e pastas que gerem o setor cultural do estado.

"E o carnaval? Com a Secretaria de Cultura e Fundarpe esvaziadas pelo decreto da governadora Raquel Lyra, que demitiu os cargos comissionados e suspendeu as cessões, a nossa folia - e toda economia que ela movimenta - pode ser gravemente prejudicada. Este é justamente o momento de montar as grades, licitar estruturas, realizar contratações e planejar a festa que é a cara de Pernambuco. Um trabalho enorme e que exige certa experiência da equipe técnica”, escreveu o petista. 

Na sua primeira semana de atuação, a governadora Raquel Lyra (PSDB) promoveu um "exoneraço", medida que é comum aos períodos de transição. Apesar de ter revogado algumas das medidas - apenas para setores considerados essenciais, como saúde, educação e sistema penitenciário -, a decisão desfalcou equipes da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que possuem novos chefes (Silvério Pessoa e Renata Borba, respectivamente).

Este será o primeiro carnaval promovido publicamente e sem restrições, desde o começo da pandemia, em março de 2020. Para João Paulo, o setor pode não estar organizado o suficiente, especialmente no âmbito financeiro, para conseguir promover a festa.

"Depois de dois anos sem Carnaval, por causa da pandemia, artistas e os trabalhadores de cultura - que mantém vivas nossas tradições e movimentam a economia do nosso Estado - poderão sofrer as consequências de uma decisão radical e sem diálogo", concluiu.

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