Temer diz que afastamento de Bretas “era que eu esperava"
O juiz da Lava Jato foi afastado na terça por decisão do Conselho Nacional de Justiça
O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que o afastamento do juiz da Lava Jato Marcelo Bretas já era esperado por ele que, “em nada me surpreendeu”. Temer também apontou, em nota publicada no seu Instagram nesta quarta-feira (1º), que “a história costuma corrigir as versões”.
Marcelo Bretas chegou a mandar prender Temer no dia 21 de março de 2019, pela operação Lava Jato. O mandado era baseado em um acordo de delação que, segundo a acusação, o ex-presidente teria cometido os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos da Eletronuclear com a empresa de engenharia Engevix. Ele foi solto quatro dias depois.
“A decisão do Conselho Nacional de Justiça, no caso do juiz Marcelo Bretas, em nada me surpreendeu. Era o que eu esperava. A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegia a militância e as ambições pessoais em detrimento da justiça. Isso é o que, como constitucionalista e ex-presidente da República, me tranquiliza”, disse na nota.
O CNJ decidiu pelo afastamento de Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, por supostas irregularidades na condução dos processos. Duas das três reclamações feitas contra Bretas analisadas pelos conselheiros em sessão sigilosa têm como origem delações premiadas de advogados que declararam ocorrências irregulares do magistrado na condução dos processos.