Lula ressalta que cuidar da saúde do povo não é gasto

O presidente da República lançou, nesta quarta-feira (7), o novo Farmácia Popular, prometendo a ampliação da abrangência do programa e enaltecendo o cuidado pelos mais pobres

por Victor Gouveia qua, 07/06/2023 - 11:21
Júlio Gomes/LeiaJá Imagens O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Em mais um compromisso no Recife, nesta quarta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou o programa "Farmácia Popular" e anunciou a ampliação da distribuição de remédios. A cerimônia ocorreu no Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, na Zona Oeste da capital.



Acompanhado pela governadora Raquel Lyra, pelo prefeito João Campos, pelo recém-nomeado presidente da Sudene, Danilo Cabral, e o senador Humberto Costa, ministro da saúde quando o projeto foi criado em 2004.



“Antes do Farmácia Popular, as pessoas iam ao posto, eram atendidas pelo médico. Ganhavam uma receita de remédio, colocavam em cima da mesa e morriam com receita ali, porque não tinham dinheiro para o remédio. Isso não vai mais acontecer no Brasil. Voltamos com o Farmácia Popular com muito mais força, mais remédios e com mais capacidade de fazer convênio com mais farmácias em todo o país. E assim vamos trabalhar para atender a totalidade das pessoas que precisam no Brasil”, disse o presidente.

“Para cuidar do povo mais pobre do país, temos que agir com o coração, com sentimento. Muitas vezes as pessoas nas periferias só são lembradas em época de eleição. Mas é para elas que vamos governar”, emendou o presidente, ao dizer que um governante precisa ter um lado e o dele é o do povo mais pobre.

"Eu trato o grande empresário com respeito, o grande fazendeiro, o grande banqueiro, mas é importante eles saberem que eu vou governar para aqueles que estão embaixo e estão na periferia. Por isso, a volta do Farmácia Popular e, cada vez mais, a gente vai colocando coisas para as pessoas poderem curar as doenças", salientou.



Fazendo referência ao valor que se gasta com remédios, principalmente os idosos, Lula disse que cuidar da saúde não é gasto, mas investimento.

"Hoje [cuidar da saúde] é muito caro e uma pessoa aposentada não pode gastar metade do salário com remédio. Ele tem que gastar com comida e o Estado garantir remédio para ele sobreviver. Cuidar da saúde do povo não é gasto, é investimento. Uma pessoa alegre produz mais, ou seja, cuidar do pobre é o melhor investimento que a gente pode fazer", reforçou.

Assistência farmacêutica



Considerado um dos eixos fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS), a Farmácia Popular vai passar a oferecer 40 tipos de medicamentos gratuitos para doenças como hipertensão, osteoporose e diabetes. A expectativa do Ministério da Saúde é fechar 2023 com 5.207 municípios atendidos pelo programa, correspondente a 93% do território nacional.



Segundo a pasta, após oito anos sem novas farmácias credenciadas, serão cadastrados 811 municípios de maior vulnerabilidade, sendo 94,4% no norte e nordeste. A proposta ampliação à assistência farmacêutica deve atender 55 milhões de pessoas, com prioridade para as mulheres e para a população indígena aldeada.



Também estiveram presentes a senadora Teresa Leitão, os ministros Rui Costa, da Casa Civil, Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia, André de Paula, da Pesca e Aquicultura, deputados e gestores.



A passagem do presidente em Pernambuco segue nesta manhã com a inauguração do Campus Paulista do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), no bairro de Maranguape I. As obras da unidade iniciaram em 2014, ainda no governo Dilma, e foram concluídas em fevereiro deste ano.



A cerimônia finaliza a agenda oficial no estado. A previsão é que o presidente retorne a Salvador às 13h45, sem o indicativo de compromissos oficiais ao longo do dia.



Nessa terça (6), Lula visitou o Polo Automotivo da Stellantis, em Goiana, no Grande Recife, onde foi recebido com festa pelos metalúrgicos e lançou da linpha de montagem da Ram Rampage.

Fotos - Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

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