Senador da oposição protesta contra CPMI do 8 de Janeiro
Eduardo Girão criticou o governo e afirmou que apesar de se dizer “vítima da CPMI”, o grupo não está interessado em uma investigação a fundo
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (13), que o governo “invadiu” a CPMI do 8 de Janeiro e “não deixou a oposição votar e aprovar uma série de requerimentos que iriam elucidar a verdade”. A maioria da comissão rejeitou requerimentos que solicitavam, por exemplo, acesso a imagens do Itamaraty e do Ministério da Justiça e Segurança Pública no dia do ataque.
O senador criticou o governo e afirmou que apesar de se dizer “vítima da CPMI”, o grupo não está interessado em uma investigação a fundo. Para o parlamentar, o que aconteceu na reunião desta terça foi “uma vergonha nacional”.
— Ficou muito claro o teatro, o circo que querem fazer dessa CPMI. Eles querem fazer uma investigação seletiva, só do que lhes interessa, e nós, da oposição, que iniciamos essa CPMI, que fomos lutar por ela, com o povo brasileiro junto, tivemos nossos requerimentos, praticamente todos, rejeitados. Mas nós aprovamos os deles! Por quê? Uma prova de que a gente quer a verdade! Girão questionou se a CPMI vai permitir a investigação de eventuais omissões do governo que, segundo ele, recebeu o relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com dois dias de antecedência.
— 48 alertas, 48 agências mostrando que o objetivo dos manifestantes seria, sim, quebrar, depredar tudo no Senado, na Câmara, no Palácio do Planalto e no STF. [...] O governo Lula não quer que a gente veja as imagens lá do Ministério da Justiça, não quer que a gente tenha acesso àquele plano de voo misterioso do presidente Lula naquele fatídico dia. Estava preparada aquela viagem ou foi um "agá" para não estar aqui na hora, para correr?
*Da Agência Senado