Dino defende buscas da PF no caso das agressões a Moraes
Frente às críticas sobre a proporcionalidade da medida, ministro rebateu que 'passou da hora de desnaturalizar absurdos'
Nas redes sociais, o senador e ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), defendeu a determinação judicial pela busca e apreensão nas casas dos suspeitos de agredirem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a família do magistrado. No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Os agressores seriam quatro integrantes de uma mesma família, de São Paulo.
“Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”, defendeu o ministro em seu perfil no Twitter. Dino disse ainda que “não se cuida de ‘fishing expedition’, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal na tarde dessa terça-feira (18). Os documentos foram expedidos pela presidente do STF, ministra Rosa Weber. Os alvos dos mandados são o empresário Roberto Mantovani Filho, 71 anos; a esposa dele, Andréa Munarão; e o empresário Alexandre Zanatta. Os endereços da busca e apreensão ficam em Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo.
Após se tornar pública, a determinação foi criticada por internautas, por supostamente não ser proporcional ao crime cometido. Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, a ação se mostrou necessária.
“Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos”, defendeu Dino.