PGR poderá investigar empresa de Eduardo Bolsonaro
O pedido foi protocolado pelos deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Simão Pedro (PT-SP)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) poderá se tornar alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República (PGR). Os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Simão Pedro (PT-SP) protocolaram o pedido na última quarta-feira (19) para que sejam levantadas informações acerca da legalidade da empresa Eduardo Bolsonaro Cursos Ltda.
O pedido feito pelos parlamentares é justificado por haver “indícios dos crimes de falsidade ideológica, improbidade administrativa e contra a ordem tributária”. Uma reportagem investigativa publicada pela Agência Pública, em parceria com outros veículos, é também citada na solicitação, e aponta que Eduardo Bolsonaro é o proprietário da empresa, tendo CNPJ inscrito desde abril de 2022. Segundo os parlamentares, ele teria omitido a informação do Tribunal Superior Eleitora (TSE), em sua declaração de bens.
O primeiro endereço registrado da empresa, em abril de 2022, era em São Bernardo do Campo, em São Paulo, e depois foi alterado em março desse ano para Caçapava, no mesmo estado. No entanto, segundo a reportagem, não havia nenhuma indicação que a empresa funcionava no local. A empresa do filho 03 tinha o propósito de trabalhar com “produção de vídeos para programas de televisão”, entre outras frentes.
As informações, no entanto, não condizem com o que foi apurado pela reportagem. O endereço registrado é o mesmo utilizado para a empresa Camisetas Opressoras, que seria de propriedade de um ex-assessor de Eduardo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestia uma camisa da marca no dia que teria levado uma facada durante a campanha eleitora de 2018.
A defesa do deputado ainda não se manifestou sobre o requerimento feito à PGR. O órgão deverá avaliar a solicitação dos parlamentares, juntamente com as informações levantadas pela reportagem investigativa.