Contratação de R$ 52 milhões para a Fenelivro é suspensa
A gestão Raquel Lyra pretendia gastar 40 vezes mais do que normalmente é gasto para realizar o evento
O governo Raquel Lyra (PSDB) voltou atrás e suspendeu a contratação sem licitação de uma empresa por R$ 52,5 milhões para realizar a Feira Nordestina do Livro (Fenelivro). A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta (15).
Orçada em um valor 40 vezes acima do praticado nos outros anos, a edição 2023 da Fenelivro foi questionada pela oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e motivou uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
A líder da oposição, a deputada Dani Portela (PSOL), e os deputados do PSB, Sileno Guedes, Rodrigo Farias e Waldemar Borges questionaram a falta de transparência da gestão e destacaram aos gastos com as edições de 2018 e 2019, em torno de R$ 1,3 milhão.
A oposição também comparou o investimento previsto para a Fenelivro com os R$ 8 milhões pagos pelo governo para realizar a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte).
Após a pressão dos deputados, a Secretaria de Educação e Esportes chegou a argumentar que R$ 41 milhões seriam repassados como um bônus para profissionais de educação na compra de livros durante a feira e os R$ 11 milhões restantes para ampliar o acerto das escolas da rede estadual. A explicação também foi rechaçada na Alepe.