Brasil e Cuba retomam cooperação científica
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação anuncia reativação de comitê criado em 2002, no primeiro mandato de Lula
A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, assinou, neste sábado (16), o comunicado conjunto com o governo cubano para reativar o Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação, durante participação da Cúpula do G77+China, em Havana. A chefe da pasta afirmou que a iniciativa retoma a parceria científica entre os dois países, que promove o desenvolvimento de diversas áreas, como saúde, biotecnologia, clima, energias renováveis, soberania e segurança alimentar e ciências agrárias. Esta é a primeira visita oficial do Brasil em Cuba desde 2014. O presidente Lula (PT) chegou na capital ao final da tarde da sexta-feira (15).
Na coletiva de imprensa, realizada na sexta-feira à noite, a ministra Luciana, acompanhada dos ministros da Saúde, Nísia Trindade, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou o ânimo em resgatar cooperação para o avanço de pesquisas. “Temos muitos interesses nessa troca. Eles atuam, por exemplo, na área de investigação de doenças raras, diabetes e na fabricação de fármacos, que é uma das questões desafiadoras para o Brasil. Na balança comercial brasileira, nós temos um déficit de US$ 20 bilhões de dólares (com medicamentos). Então, tudo o que vier a agregar desenvolvimento, pesquisa, conhecimento tecnológico é o que nos interessa. Essa lógica do ‘ganha-ganha’ é tudo o que nós desejamos”, disse a ministra.
O acordo conta também com a assinatura da ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez Montoya, e confirma a retomada do comitê gestor que foi criado em 2002, ainda no primeiro mandato do presidente Lula.
“Nós queremos retomar a cooperação, não só na área do complexo industrial de saúde, mas em outras áreas mais abrangentes, como a bioeconomia. Queremos fazer uma nova reunião do comitê em 60 dias. É uma relação em que a gente aprende e, naquilo que a gente tem mais expertise, a gente oferece. A gente procura uma lógica de cooperação e parceria saudável, que faz com que encontremos soluções para o Brasil e para Cuba”, explicou a ministra Luciana.
*Com informações da assessoria.