Dueire defende Dom Hélder no livro dos Heróis da Pátria
O senador destacou a trajetória do arcebispo, indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, que defendia uma igreja voltada para os pobres
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) defendeu seu Projeto de Lei 3.716/2023, que pede a inclusão do nome de Dom Hélder, idealizador da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Aprovado terminativamente pela Comissão de Educação e Cultura do Senado (CE), a proposta segiu para avaliação da Câmara.
Em pronunciamento no Plenário, nessa quarta-feira (20), o parlamentar ressaltou que o religioso, ex-arcebispo de Recife e Olinda, foi “incansável defensor dos direitos humanos e da justiça social” durante os anos da ditadura militar.
"Dom Hélder Pessoa Câmara, conhecido como o 'Dom da Paz', preenche com sobras e louvor todos esses requisitos [...] esteve sempre atento às necessidades de seu tempo e na busca de condições melhores de vida e de oportunidades. A partir disso, aflorou em si um pensamento clássico, inovador, sempre atual, traduzido em importantes ações, como no ano de 1956, na então capital brasileira, Rio de Janeiro, quando fundou a Cruzada São Sebastião, da qual surgiu a primeira iniciativa de habitação popular no país, com a missão de viabilizar condições decentes de moradia", relembrou.
O senador destacou a trajetória do arcebispo, indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz, que defendia uma igreja voltada para os pobres. Segundo o parlamentar, a atuação dele impactou positivamente a sociedade brasileira e inspirou causas humanitárias. Dueire lembrou o reconhecimento da obra de Dom Hélder, tanto no Brasil quanto no exterior.
"Foram cerca de 30 títulos de cidadão honorário, entre eles o de Pernambuco, de Recife, de Belo Horizonte. Mais de 30 títulos de doutor honoris causa, pela Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos; de Harvard; pela Universidade de Paris; pela Universidade de Florença, na Itália; pelas Universidades Católicas de Pernambuco, de São Paulo, de Santos, do Paraná; da Universidade Federal do Ceará e muitas outras. Foi por quatro vezes indicado para o Prêmio Nobel da Paz", destacou.
*Da Agência Senado