Heleno se exalta com relatora da CPMI: 'é para ficar pu**'

O general Augusto Heleno esbravejou ao se irritar depois que a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) disse que ele mudou de ideia sobre fraudes nas eleições de 2022

ter, 26/09/2023 - 12:35
Geraldo Magela/Agência Senado O general e ex-GSI, Augusto Heleno Geraldo Magela/Agência Senado

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, ficou nitidamente irritado, nesta terça-feira (26), com os questionamentos da relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O ex-auxiliar do governo Bolsonaro é ouvido pela CPMI como testemunha.

Eliziane foi a primeira a questionar o general e ao fazer sua última pergunta, ela o indagou sobre a ida de integrantes dos acampamentos golpistas ao GSI. Heleno tentou minimizar as visitas, justificando ser cortes e não ver problema nisso.

“Nunca fui ao acampamento, não compartilhava nada sobre o acampamento. Eles não iam lá para compartilhar posições políticas, nada disso, eles iam para tirar fotos, fazer...”, respondeu o general, antes de ficar em silêncio e ser completado por Eliziane: “fazer vídeos sobre ataques à democracia brasileira”.

Para fechar as indagações, a relatora perguntou ainda se Heleno acreditava que houve fraude nas eleições de 2022. "Já tem o resultado das eleições. Já tem um novo presidente da República. Não posso dizer que [as eleições] foram fraudadas. Foram examinadas...", respondeu o general.

Logo em seguida, Eliziane afirmou: "Certo. O senhor mudou de ideia, né?". A relatora deu aí por encerradas suas perguntas, o que exaltou os ânimos do ex-GSI.

"Ela fala as coisas que ela acha que tá na minha cabeça. Po**a é para ficar pu**. Pu** que pariu", esbravejou o general ao se dirigir ao advogado que o acompanhava.

Veja o momento:

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"Ordeiros e pacíficos"

Antes disso, o general Heleno chegou a dizer que os acampamentos eram ordeiros e pacíficos. 

“Eu nunca fui ao acampamento. Não por falta de tempo, mas por falta de condições de participar do que realizavam no acampamento que, pelo que sabia, eram atividades extremamente pacíficas e ordeiras. E nunca considerei o acampamento algo que interessasse à segurança institucional. Sempre achei que era uma manifestação política pacífica”, disse o general.

Diante da afirmação de Augusto Heleno, a relatora da CPMI lembrou que “foi do acampamento que surgiu a ideia de montar uma bomba para explodir um caminhão de combustíveis no aeroporto de Brasília. Foi de lá que os vândalos saíram para quebrar a Praça dos Três poderes”.

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