Deputada critica PL que proíbe o casamento homoafetivo

Emocionada, a deputada federal Laura Carneiro, disse que a votação do PL é "rasgar" a Constituição Federal

ter, 10/10/2023 - 20:18
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados A deputada federal Laura Carneiro Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ) se emocionou ao criticar o projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo durante sessão da votação da proposta, nesta terça-feira (10), na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. Para ela, a votação do PL simboliza "rasgar a Constituição Federal", que completou 35 anos na última semana. A matéria recebeu 12 votos a favor e cinco contra.

"Vocês querem mudar uma lei civil em quinze minutos. Isso é uma falta de respeito. Isso é uma falta de respeito com o parlamento", disse a deputada, que foi aplaudida pelos deputados da esquerda presentes na sessão. 

Emocionada, Laura, que é deputada federal desde 1995, narrou que viu sua foto do primeiro mandato nos corredores Câmara e lembrou quando promulgou a Constituição federal. "O que a gente está fazendo aqui neste momento, ou alguns farão, porque eu não farei, é rasgando a Constituição Federal. É rasgando direitos de seres humanos. Mas acho que a gente está fazendo aqui, senhor presidente, infelizmente, é rasgando o que nós juramos quando tomamos posso. Rasgando a possibilidade de vida de vários, vários homens e mulheres desse país, que resolveram se unir pelo amor", acentuou.

Em suas redes sociais, ao publicar seu posicionamento sobre a matéria, a deputada criticou mais uma vez a deliberação do PL. "O Parlamento é a instituição que representa todos os brasileiros. O que vimos hoje na Comissão de Previdência foi uma quebra de acordo feita de forma acelerada para restringir os direitos das famílias homoafetivas brasileiras".

O Supremo Tribunal Federal (STF) já reconhece a união homoafetiva como entidade familiar desde 2011. 

A matéria ainda será votada na comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. Se for aprovada nas duas comissões, seguirá para apreciação do Senado. 

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