Gleisi teme que o destino de Lula seja o mesmo de Dilma

Presidente do PT acredita que queda na popularidade de Lula possa trazer o mesmo destino de Dilma Rousseff 

por Guilherme Gusmão sab, 09/12/2023 - 18:18
Alessandro Dantas/PT Gleisi Hoffmann e presidente Lula (PT) Alessandro Dantas/PT

Durante a Conferência Eleitoral do PT, neste sábado (9), a atual presidente da sigla e deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode trazer o mesmo destino da ex-mandatária Dilma Rousseff, que deixou o Palácio do Planalto após sofrer um impeachment em 2016. 

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta semana, 40% dos brasileiros nunca confiam no que o líder petista diz, enquanto 24% sempre confiam em suas palavras. Já no início do mês, o levantamento do Ipec indicou que 38% dos entrevistados classificam o terceiro mandato do presidente como ótimo ou bom, e os que avaliam como ruim ou péssimo somam 30%. 

“Se a gente baixar a popularidade do presidente, esse Congresso engole a gente. Nós não temos força ali. Então o que nós temos que fazer é isso, é melhorar a vida do povo para que a gente possa ter essa base e possa fazer a disputa política”, afirmou Gleisi. 

No evento, a presidente do PT ressaltou a necessidade de pautas sociais na atual gestão e a discussão em torno de projetos fiscais. De acordo com ela, a política monetária não está nas mãos de aliados. As palavras foram usadas quando ela se referiu ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. 

“A gente não tem a política monetária que está com o Banco Central, que foi nomeado por Bolsonaro e Paulo Guedes. O presidente que tá lá é um neoliberal e que atenta contra o Brasil e contra os interesses do Brasil”, enfatizou. 

Gleisi tem defendido que os petistas assumam lugares normalmente ocupados por lideranças do bolsonarismo. Ela destaca que as eleições municipais do próximo ano “serão fundamentais” para o partido fazer um embate político contra a extrema direita e “as forças do atraso”, e para preparar as bases para a disputa presidencial de 2026. 

 

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