CIOs podem desaparecer em cinco anos, dizem CFOs
É tempo de reinventar, CIO, sob pena de sumir do organograma das empresas. O pagamento por uso e o modelo de cloud computing serão as principais causas para a redução significativa da importãncia dos CIOs, revela um estudo publicado pela Getronics, intitulado “The changing role of the CFO”. Essa é, pelo menos, a conclusão de um em cada cinco (17%) dos 203 CFOs entrevistados na Inglaterra para o estudo.
A mudança de paradigma é atribuída, principalmente, ao modelo de negócio de TI e ao consumo de tecnologia, ambos em mudança acelerada. O crescimento da oferta dos serviços na nuvem e o modelo de pagamento por uso são fenômenos que conduzem, ao que parece, ao desaparecimento do CIO como gestor e responsável por sistemas que podem deixar de existir na empresa.
A maioria dos executivos entrevistados também acredita que o papel da tecnologia na empresa é cada vez mais uma “utility” e, portanto, mais relacionada com o departamento financeiro e econômico do que com o departamento técnico. O estudo não esquece que as atuais soluções de TI, na sua maior parte, não agregam valor ao negócio ou constituem um valor diferencial no que diz respeito à sua competência, ambos aspectos que são fundamentais na atual crise econômica e de competência global.
Assim, os resultados fazem vislumbrar uma tendência para a fusão dos departamentos de TI e financeiro, com os diretores financeiros a assumirem a maior parte das responsabilidades e das decisões relacionadas com a tecnologia. A este respeito, quatro em cada 10 executivos ouvidos pela pesquisa acreditam fortemente que o CIO estará sujeito às decisões econômicas, acima das técnicas. Mais de metade também assegura que haverá uma integração entre TI e finanças que irá limitar as capacidades tecnológicas para alcançarem maiores economias para o negócio.
Por outro lado, cerca de um quinto das empresas dizem usar serviços de cloud, pelo menos como suporte para outros sistemas de TI. A reputação dos serviços em nuvem também está associada a uma mudança positiva para o negócio, responderam 64% dos entrevistados.