Pesquisa afirma que Facebook não estimula pessoas a compra

Rede social tem problemas na hora de transformar sua base de 900 milhões de usuários em lucro

por Carlos S Silvio ter, 05/06/2012 - 16:10
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Cerca de 80% dos usuários do Facebook nunca adquiriram um produto ou serviço por influência dos anúncios ou comentários encontrados na rede social. Esse resultado é fruto de uma pesquisa da Reuters, Ipsos, e um alerta para a companhia que terá muito trabalho para converter seus 900 milhões de usuários em uma fonte publicitária.

A pesquisa também revelou que 34% dos usuários consultados dedicam menos tempo ao site do que há seis meses atrás, enquanto 20% ampliaram seu tempo de uso. As conclusões do estudo podem preocupar os investidores da empresa, sobre a capacidade de faturamento com o Facebook, que teve queda de 29% nas ações desde a estreia na bolsa americana, mês passado, o que ocasionou uma redução no valor da empresa de cerca de US$ 30 bilhões, passando a valer US$ 74 bilhões.

Em média, 44% dos que responderam a pesquisa afirmaram que a má estreia das ações da empresa no mercado os tornou menos favoráveis ao Facebook. Nas entrevistas realizadas entre 31 de maio e 4 de junho, 21% dos 1.032 norte-americanos participantes afirmaram não ter uma conta na rede social.

Mesmo que a pesquisa não tenha considerado de que forma outros tipos de publicidade afetam o comportamente de compras, um estudo conduzido em fevereiro pelo grupo de pesquisa eMarketer sugeriu que o Facebook tem desempenho pior do que e-mails ou marketing via mala direta, no que diz respeito a influenciar as decisões de compra dos consumidores.

FIM DO FACEBOOK (?)

Como se não bastasse tantos desafios no caminho do Facebook rumo ao sucesso financeiro, hoje, o analista de mercado e investidor da Ironfire Capital, Erick Jackson, comentou que a rede está com os dias contados. O analista ainda dá a estimativa de que o site não resistirá mais do que oito anos. “Em cinco ou oito anos, o Facebook vai desaparecer da mesma forma como o Yahoo desapareceu. O Yahoo ainda continua fazendo dinheiro e emprega 13 mil pessoas, mas hoje tem valor de mercado de 10% em relação ao início dos anos 2000", disse durante o programa “Squawk on the Street”, da CNBC.

Ainda segundo o analista, o Facebook pode continuar comprando empresas que criam aplicações móveis, como o Instagram, porém isso não deverá salvar a rede. Segundo Erick, porque a rede social "é um enorme site, que está na internet e não nas empresas de produtos móveis".

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