Smartphone terá 50% do mercado em 2013, diz Samsung

qui, 21/02/2013 - 17:24

A penetração dos smartphones no mercado brasileiro de aparelhos de telefonia móvel deve saltar dos 30%, registrados no fim do ano passado, para 50% no último trimestre de 2013, prevê o diretor de produtos de telecomunicações da Samsung no País, Roberto Soboll. No caso da marca, mais da metade das vendas de celulares por aqui já estão concentradas nesse tipo de aparelho. Atualmente cerca de 60 milhões de unidades são vendidas por ano no País.

A expectativa é positiva em relação à desoneração prevista pelo governo para os smartphones, que aguarda apenas a liberação da Fazenda e da presidente Dilma Rousseff. "A ideia da Lei do Bem é atingir aparelhos de baixa a média gama para ampliar a inserção digital no País. Vemos isso com muitos bons olhos. O Brasil precisa de incentivos porque tem uma carga tributária muito alta. Isso agrega valor à indústria", disse Soboll. O executivo estima que ao reduzir em 9,25% o PIS/Cofins de smartphones a Lei do Bem achatará seus preços na ponta e "esmagará" os aparelhos tradicionais.

Espera-se que o incentivo fiscal englobe aparelhos 3G de até R$ 1 mil e 4G de até R$ 1,4 mil. Os novos aparelhos 3G da sul-coreana não devem se enquadrar no benefício. A fabricante está fazendo um roadshow pelo Brasil para apresentar os novos integrantes da linha Galaxy: o Gran Duos, com dois chips a R$ 1.299, e o Galaxy SIII mini, versão mais simples do Galaxy SIII, a R$ 1.199. A empresa também está trazendo para o mercado nacional a Galaxy Camera, que tem acesso à internet e permite o compartilhamento de fotos. É parte da estratégia de diversificação da Samsung.

O Brasil atingiu, há dois anos, o posto de quinto maior mercado da Samsung no mundo. Na avaliação de Soboll, o País ainda pode galgar uma posição mais alta no ranking da empresa. "Nos últimos três anos crescemos muito bem aqui, mas não vejo motivo para crescermos menos agora. A estratégia é agressiva", afirmou durante a apresentação dos novos produtos Galaxy no Rio.

Sobre o 4G, Soboll estima que esse mercado ainda levará de dois a três anos para maturar no Brasil, embora espere um aumento de vendas no segundo semestre de 2013: "É uma tecnologia cara e vai começar de cima, para depois se popularizar".

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