Ferramenta pernambucana evita fraudes em atestados médicos

Sistema conta com um banco de dados atualizado em tempo real

por Carol Dias qua, 14/05/2014 - 22:04
Divulgação Atestados podem ser acessados tanto na web quanto em um aplicativo para smartphones Divulgação

Um sistema integrado que monitora a emissão e a utilização de atestados médicos para evitar fraude. Esse é o objetivo do Atestados.med, ferramenta desenvolvida pela startup Docs Med, que é incubada no Porto Ditial. O serviço conta com um banco de dados atualizado em tempo real, que pode ser acessado tanto na web quanto em um aplicativo compatível com sistemas operacionais Android e iOS. Em Pernambuco, os Hospitais Esperança, São Marcos e Prontolinda já utilizam a novidade.

A plataforma funciona da seguinte forma: o médico emite o documento online, imprime, assina e entrega a via impressa ao paciente. O paciente entrega o documento para o setor responsável da empresa para solicitar o abono de sua ausência. Nesta hora, o setor responsável confere o documento online, por meio de consulta ao site ou aplicativos para dispositivos móveis.

"A implantação desse sistema traz benefícios para todos. As empresas podem diminuir o índice de absenteísmo, se prevenir contra possíveis processos trabalhistas e têm acesso a um relatório sobre a saúde de seus funcionários. Já os serviços médicos impedem a fraude de formulários e documentos e os pacientes têm a garantia de respaldo médico legítimo e histórico de afastamento online", comenta o médico Eduardo Pires, um dos desenvolvedores do sistema. 

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Medicina de Grupo (ABRAMGE) mostram que do total de atestados entregues, apenas 20% são autênticos.

"Atestados médicos falsos desencadeiam uma série de prejuízos financeiros às empresas, com pagamento de salários e até estabilidade no emprego. Dependendo da complexidade (tipo da doença diagnosticada), tais atestados poderão ser utilizados como elemento de prova em ações trabalhistas que invocam culpa do empregador por acidentes ou doenças do trabalho, sendo estes invariavelmente condenados por danos morais e materiais", afirmou o gerente de Recursos Humanos, Evandro Azevedo.

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